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Presidente dos EUA, Donald Trump anunciou a demissão da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen | Foto: SAUL LOEB/AFP
Presidente dos EUA, Donald Trump anunciou a demissão da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen | Foto: SAUL LOEB/AFP| Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (7), em seu perfil no Twitter, a demissão da secretária de Segurança Interna do país, Kirstjen Nielsen, em meio à frustração do governo com o número de imigrantes que cruzam a fronteira sul dos EUA ilegalmente. No lugar de Nielsen, ficará, interinamente, o comissário de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, Kevin McAleenan.

"A secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, está deixando seu cargo e eu gostaria de agradecê-la por seus serviços. Tenho o prazer de anunciar que Kevin McAleenan, o atual comissário de Alfândega e Proteção de Fronteiras, se tornará secretário interino do Departamento de Segurança Interna (DHS). Tenho confiança de que Kevin fará um ótimo trabalho!", escreveu Trump no Twitter.

Embora os assessores de Trump estivessem de olho em mudanças na equipe do DHS, as movimentações deste domingo foram inesperadas. Nielsen viajou para a fronteira dos EUA com o México na última sexta-feira (5) ao lado do presidente para participar de uma mesa redonda com agentes de fronteira e autoridades locais. Lá, ela ecoou os comentários de Trump sobre a questão fronteiriça. Enquanto percorriam uma seção de barreiras fronteiriças recém-construídas, Nielsen estava ao lado de Trump e o apresentou a autoridades locais. Ela retornou a Washington depois, enquanto Trump viajou para angariar fundos em Las Vegas, Nevada.

Em um tuíte no final do domingo, Nielsen disse: "Eu concordei em permanecer como secretária até quarta-feira, 10 de abril, para ajudar com uma transição ordenada e garantir que as principais missões do DHS não sejam afetadas".

Dois altos funcionários do governo disseram que Nielsen não tinha intenção de deixar o cargo quando se reuniu com o presidente no domingo e que foi forçada a renunciar. O anúncio da sua partida aconteceu logo após a reunião.

Trump disse aos assessores na primavera passada que queria demitir Nielsen, e ele ficou cada vez mais inclinado a isso quando uma grande caravana de migrantes da América Central chegou à fronteira dos EUA com o México, na Califórnia. A relação com o presidente se recuperar depois que agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA usaram gás lacrimogêneo para repelir uma grande multidão que tentava atravessar a cerca da fronteira – o tipo de ação "dura" que Trump disse querer em um secretário do DHS.

A relação entre os dois melhorou novamente depois que Nielsen ajudou a persuadir as autoridades mexicanas a concordarem com uma política experimental conhecida como os Protocolos de Proteção aos Migrantes, que exigem que os solicitantes de asilo esperem no México enquanto seus casos tramitam no sistema judiciário dos EUA. Essa política começou em janeiro.

Trump ficou frustrado com Nielsen novamente no início deste ano, com o aumento do número de imigrantes e com preocupações legais sobre alguns dos impulsos mais severos de Trump, particularmente quando suas exigências entraram em conflito com as leis de imigração dos EUA e ordens judiciais federais. Nielsen também discordou da decisão da Casa Branca de descartar a nomeação de Ronald Vitiello como diretor de Imigração e Fiscalização da Alfândega.

Entre os que pressionaram Trump para remover Nielsen estava o conselheiro de segurança nacional John Bolton, que repetidamente disse ao presidente que não acreditava que ela fosse a pessoa certa para o cargo, segundo informou uma autoridade do governo.

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