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"Ele ditou toda a carta. Eu só disse o que ele não podia colocar nela”, disse o ex-médico do presidente dos Estados Unidos | SAUL LOEB/
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"Ele ditou toda a carta. Eu só disse o que ele não podia colocar nela”, disse o ex-médico do presidente dos Estados Unidos| Foto: SAUL LOEB/ AFP

Harold Bornstein, que foi médico particular de Donald Trump por mais de 35 anos, afirmou que a avaliação feita por ele em 2015 sobre a saúde do republicano foi ditada pelo agora presidente americano.  

"Ele ditou toda a carta", afirmou o profissional à rede de TV CNN. "Eu só disse o que ele não podia colocar nela."  

O documento de dezembro de 2015 afirmava que a força física e a resistência do republicano são extraordinárias e que, se ele fosse eleito, seria "sem sombra de dúvidas o sujeito mais saudável" a ocupar a Presidência dos EUA.  

A avaliação de Bornstein, no entanto, dava poucos detalhes sobre a condição física de Trump, além de mencionar a sua pressão arterial -classificada no documento como "surpreendentemente excelente".  

Anteriormente, ele havia dito que escrevera o documento em cinco minutos enquanto um carro enviado por Trump aguardava na entrada de seu consultório. "Na pressa, acho que algumas das palavras não saíram exatamente do jeito que foram pensadas", afirmou no ano passado.  

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Meses depois, na corrida eleitoral, quando a saúde de Trump e da rival Hillary Clinton foram alvo de questionamento, o médico fez uma avaliação que pareceu mais profissional, com detalhes sobre altura, peso e remédios tomados pelo republicano. 

Bornstein voltou a ganhar destaque na imprensa americana nesta terça-feira (1º) depois de afirmar que um guarda-costas de Trump chamado Keith Schiller entrou com mais dois homens (um deles advogado do presidente) em seu consultório no início do ano passado para pegar os registros médicos do republicano.  

O médico, que entregou os documentos, disse à rede de TV NBC que se sentiu "estuprado, assustado e triste" com a entrada dos homens.  

Segundo ele, o caso aconteceu dois dias depois de o New York Times publicar reportagem em que Bornstein afirma que o presidente usava remédio para crescer cabelo.  

O profissional disse ainda que, logo após a publicação, uma assistente de Trump ligou para ele dizendo que ele deveria esquecer da pretensão de ser médico da Casa Branca.  

Ronny Jackson, que na semana passada desistiu da indicação para comandar o Departamento de Assuntos dos Veteranos, era até recentemente o médico de Trump.

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