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"Injusto"

Trump diz que deve conversar com Lula “em algum momento, mas não agora” e volta a defender Bolsonaro

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O presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: FRANCIS CHUNG/EFE/EPA/)

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O presidente americano, Donald Trump, falou nesta sexta-feira (11) sobre o tarifaço de 50% imposto a produtos brasileiros, voltou a defender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e afirmou que deve conversar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "talvez em algum momento, mas não agora".

"Ele está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta. Eu o conheço bem, já negociei com ele e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro", afirmou o republicano a jornalistas, antes de embarcar para uma visita ao Texas.

“[Bolsonaro] era um cara muito difícil de negociar. Eu não deveria gostar dele porque ele era muito duro nas negociações, mas ele também era muito honesto. E eu sei reconhecer quem é o honesto e quem é o desonesto”, completou.

A declaração vem depois que Lula subiu o tom sobre a tarifação dos EUA, afirmando que "se ele [Trump] cobrar 50[%] de nós, vamos cobrar 50[%] deles".

"Se o que o Trump fez no Capitólio ele tivesse feito aqui no Brasil, ele estaria sendo processado como o Bolsonaro e arriscado a ser preso”, disse Lula, em referência a 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em protesto contra o resultado das eleições americanas, que consideravam fraudadas.

O petista ainda completou que a relação entre os dois países segue amistosa há 201 anos, garantindo que o Brasil é uma nação pacífica, que “não entra em conflito com outros países".

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Trump volta a defender Bolsonaro

Na declaração dada nesta sexta, Trump voltou a defender Bolsonaro, como já vinha fazendo durante a semana.Na primeira ocasião, na segunda-feira (7), o republicano afirmou que o ex-presidente brasileiro sofre uma "caça as bruxas" por parte do Estado e reiterou sua inocência.

"Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo", completando que acompanharia a situação de "muito perto". "O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil", dizia a primeira defesa pública por parte do republicano.

Ele também comparou a "perseguição política" que o ex-presidente vem sofrendo, com a que ele alega ter sofrido antes das eleições americanas ano passado.

"O Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano!", afirmou Trump, na última segunda-feira.

O presidente americano também havia definido Bolsonaro como um "líder forte", que no cargo "amava seu país" e era um "negociador muito duro".

"Sua eleição foi muito apertada e agora, ele está liderando nas pesquisas. Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político — algo que eu sei muito sobre! Aconteceu comigo, vezes 10, e agora nosso país é o 'MAIS QUENTE' do mundo!".

Carta

Na carta direcionada a Lula, que instituiu o tarifaço de 50%, Trump iniciou citando sua proximidade com o ex-presidente e voltou a citar a "caça as bruxas": "Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros Líderes de Países. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!"

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