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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (6) que seu governo ainda não realizou uma reunião com a China sobre tarifas, apesar de ter dito o contrário nas últimas semanas, e que os encontros acontecerão “no momento certo”.
“Eles querem negociar, querem ter uma reunião, e nós nos reuniremos com eles no momento certo. Eu não me reuni com eles”, disse Trump na Casa Branca no início de uma reunião com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.
O governo dos EUA havia dito nas últimas semanas que já haviam ocorrido contatos nesse sentido, e Trump chegou a afirmar que havia conversado com o presidente chinês, Xi Jinping, algo que Pequim negou e que Washington não esclareceu.
“A economia deles está sofrendo muito porque eles não fazem comércio com os EUA, e a maior parte do dinheiro deles vem dos EUA. Não se deixem enganar. Eles não lucram com outros países como este”, acrescentou o presidente americano.
Trump disse, em termos gerais, que seu governo enfrenta as negociações tarifárias com uma atitude “amigável”, mas que não é ele quem deve chegar a um acordo com o resto dos países, e eles é que devem encarar os EUA como se fossem “uma loja superluxuosa” em cujos produtos estão interessados.
“Imagine-nos como uma loja superluxuosa, uma loja que tem os produtos que você vai comprar e pagar. Nós lhe ofereceremos um preço muito bom. Faremos ofertas muito boas e, em alguns casos, faremos ajustes, mas é assim que as coisas são”, declarou.
“Podemos assinar 25 contratos agora mesmo se quisermos, mas são eles que precisam assinar acordos conosco. Eles querem uma parte do nosso mercado. Nós não queremos um pedaço do deles. Não nos importamos com o mercado deles”, acrescentou.
Trump observou que Washington é “flexível” e “em algum momento, em alguns casos”, assinará alguns acordos, mas ressaltou que, embora queira ajudar outras nações, não aceitará que seu comércio seja prejudicado.
“Diremos que, em alguns casos, queremos que eles abram seu país. Em outros, queremos que eles reduzam suas tarifas. Por exemplo, a Índia tem uma das tarifas mais altas do mundo. Não vamos tolerar isso, e eles já concordaram em reduzi-las. Eles reduzirão as tarifas a zero. Eles já concordaram. Eles nunca teriam feito isso por ninguém além de mim”, alegou.




