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O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (11) sua intenção de dobrar a cobrança sobre o aço e alumínio importados do Canadá para os EUA.
A medida surge após a província canadense de Ontário aplicar uma sobretaxa na exportação de eletricidade dos EUA, elevando as contas dos moradores de Nova York, Minnesota e Michigan. As tarifas de Trump sobre os metais canadenses começam a valer nesta quarta-feira (12).
“Com base no fato de que Ontário, no Canadá, impôs uma tarifa de 25% sobre a 'eletricidade' que entra nos EUA, instruí meu secretário de Comércio a ACRESCENTAR UMA TARIFA ADICIONAL DE 25%, ATÉ 50%, SOBRE TODO O AÇO E ALUMÍNIO QUE ENTRAM NOS EUA VINDO DO CANADÁ, UM DOS PAÍSES COM AS TARIFAS MAIS ALTAS DO MUNDO. Isso entrará em vigor AMANHÃ, 12 de março”, escreveu Trump.
O presidente americano também ameaçou "aumentar substancialmente" a partir de 2 de abril as tarifas sobre automóveis importados do país vizinho, dizendo que essa medida poderia "destruir a indústria" canadense.
Segundo Trump, novas tarifas sobre automóveis “irão, essencialmente, fechar o negócio de fabricação de automóveis no Canadá. Esses carros podem ser facilmente feitos nos EUA!”.
“A única coisa que faz sentido é que o Canadá se torne nosso querido 51º Estado”, acrescentou o líder republicano. “Isso faria todas as tarifas, e tudo mais, desaparecer totalmente”.
As tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todos os países já estavam programadas para entrar em vigor nesta quarta-feira, o que afetará especialmente Canadá e México, os principais exportadores de metais para os EUA, mas também outras nações como Brasil, Japão, Reino Unido, além da União Europeia.
O republicano já havia anunciado tarifas de 25% sobre as importações de Canadá e México em 4 de março, mas decidiu abrir duas exceções: uma para bens e serviços cobertos pelo acordo de livre comércio T-MEC e outra para o setor automotivo de ambos os países.
A decisão de isentar o setor automotivo veio a pedido dos principais fabricantes americanos - General Motors, Ford e Stellantis - que montam veículos em México e Canadá e temem ser afetados economicamente, já que muitos carros atravessam a fronteira várias vezes antes de serem finalmente montados.




