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Disputa

Trump irrita China com novo acordo para aquisição de portos no Canal do Panamá

O ditador da China, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Donald Trump: relação entre países entra em nova fase conturbada (Foto: EFE/EPA/ Paolo Aguilar / Mohammed Badra/Arquivo)

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O ditador da China, Xi Jinping, estaria irritado com uma negociação em andamento entre uma empresa de Hong Kong e uma empresa americana para venda de ativos sobre portos no Canal do Panamá, segundo informou o jornal The Wall Street Journal (WSJ).

O descontentamento do líder de Pequim teriam como base a falta de comunicação da empresa localizada no território asiático, uma vez que o regime pretendia usar essa oferta como moeda de troca com o governo americano de Donald Trump, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.

Na semana passada, a ditadura comunista expressou discordância com as negociações por meio de um comentário, descrevendo o acordo como uma "traição ao povo chinês".

O acordo, anunciado no começo do mês pelo conglomerado CK Hutchison, controlado pela família do bilionário de Hong Kong Li Ka-shing, prevê a venda de ativos portuários globais para investidores liderados pela gestora de ativos dos EUA BlackRock. A aquisição está estimada em US$ 22,8 bilhões.

Esses ativos envolvem o controle majoritário, incluindo o operacional, de dois portos no Panamá, um em cada extremidade do Canal.

Fontes consultadas pelo WSJ afirmaram que a China está tentando bloquear a negociação, por meio das instituições públicas. Autoridades chinesas de diversos setores, incluindo a Administração Estatal para Regulamentação de Mercado e o Ministério do Comércio, foram instruídos a "estudar" o acordo com o objetivo de tentar impedi-lo.

Contudo, segundo explicou o jornal americano, não há uma forma simples de solucionar a questão por parte de Pequim, visto que os ativos envolvidos no acordo estão fora da China continental e de Hong Kong e o regime de Xi não quer aumentar as tensões com a Casa Branca.

Trump apontou a negociação como uma "vitória" para os EUA em seu desejo de assumir mais controla sobre o Canal do Panamá, durante um discurso ao Congresso horas após o acordo ser anunciado: “Meu governo vai recuperar o Canal do Panamá, e já começamos a fazer isso”, disse ele na ocasião.

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