Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Estados Unidos

Trump ordena novo censo que exclua imigrantes ilegais

Presidente americano determinou novo censo, embora Constituição dos EUA estipule que contagem com objetivo de determinar representação no Congresso seja realizada apenas em 2030 (Foto: BONNIE CASH/EFE/EPA)

Ouça este conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (7) que ordenou que se trabalhe “imediatamente” em um novo censo “de alta precisão”, que utilize dados obtidos após as eleições presidenciais de 2024 e exclua os imigrantes ilegais.

“Ordenei ao nosso Departamento de Comércio que comece imediatamente a trabalhar em um novo CENSO de alta precisão, com base em dados e números atuais e, fundamentalmente, utilizando os resultados e as informações obtidas nas eleições presidenciais de 2024”, escreveu Trump na rede social Truth Social.

O mandatário americano, que desde que voltou ao poder em janeiro intensificou a política de deportações e negação de asilo, acrescentou que os imigrantes ilegais que se encontram atualmente no país “não serão contabilizadas no CENSO”, apesar de a contagem sempre ter incluído todas as pessoas que vivem no país, independentemente do status.

O último censo populacional dos EUA foi realizado em 2020 e o próximo está previsto para 2030.

De acordo com a Constituição do país, que estipula a frequência e os procedimentos da pesquisa, o censo é realizado a cada dez anos e os resultados são os únicos válidos para a atribuição dos distritos eleitorais e a representação no Congresso.

O Congresso, atualmente sob controle do Partido Republicano, tem o poder de ordenar censos adicionais ou intermediários por meio de leis ordinárias, embora eles sejam usados apenas para fins estatísticos e suas conclusões não devam ser utilizadas para a redistribuição de distritos.

As ações do presidente americano coincidem com uma acirrada controvérsia em nível nacional pela tentativa de legisladores republicanos no Texas de redesenhar o mapa eleitoral do estado, uma proposta impulsionada por Trump que poderia acrescentar cinco cadeiras para seu partido na Câmara dos Representantes americana nas eleições de meio de mandato em 2026.

A apresentação da medida na legislatura estadual provocou uma intensa rejeição entre os democratas do Texas, que abandonaram o estado para bloquear o avanço da proposta. Em resposta, o governador republicano Gregg Abbott ameaçou destituir os legisladores de seus cargos e prendê-los.

Nesta quinta-feira, um senador texano anunciou que o FBI ajudará na localização desses parlamentares.

VEJA TAMBÉM:

Conteúdo editado por: Fábio Galão

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.