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Presidente dos EUA, Donald Trump, falou sobre um plano para manter as famílias de imigrantes unidas durante um encontro com legisladores e a imprensa nesta quarta-feira (20), na Casa Branca | MANDEL NGANAFP
Presidente dos EUA, Donald Trump, falou sobre um plano para manter as famílias de imigrantes unidas durante um encontro com legisladores e a imprensa nesta quarta-feira (20), na Casa Branca| Foto: MANDEL NGANAFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai assinar uma ordem executiva para que as famílias de imigrantes não sejam separadas ao serem flagradas entrando no país ilegalmente.

Trump falou sobre a medida durante um encontro com legisladores na Casa Branca. “Eu estarei assinando algo em pouco tempo que vai fazer isso [manter as famílias juntas]”, disse ele aos repórteres que acompanhavam a reunião. Entretanto, o presidente afirmou também que quer leis de imigração rígidas.

“Queremos manter as famílias unidas", disse Trump. "Ao mesmo tempo, temos que ser fortes na fronteira". Ele acrescentou que, do contrário, "milhões de pessoas" estarão "tomando o país". 

Segundo a BBC, o Departamento de Segurança Interna dos EUA já teria esboçado uma ordem executiva.

O plano, conforme descrito por funcionários do governo, manteria as famílias unidas sob custódia federal enquanto aguardam julgamento por cruzar ilegalmente a fronteira, o que potencialmente viola um acordo judicial de 1997 que limita a duração das detenções de crianças.

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Sua declaração marca uma reviravolta depois que o presidente e altos funcionários do governo passaram dias argumentando que a política de ‘tolerância zero’ estava enraizada em uma lei e que cabia ao Congresso aprovar uma legislação para mudá-la.

A falta de ação provocou indignação internacional, incluindo críticas do Papa Francisco e oposição de líderes mundiais. 

A postura de Trump quanto à situação dos imigrantes mudou pouco depois que líderes republicanos da Câmara prometeram ampliar a legislação de imigração para votação na quinta-feira (20) a fim de enfrentar a crise, apesar do ceticismo generalizado de que uma lei poderia ser aprovada. 

"Eu vou estar fazendo algo que é um pouco preventivo e que será acompanhado pela legislação, tenho certeza", disse Trump na Casa Branca, acrescentando que ele ainda gostaria de ver o Congresso tomar medidas mais tarde. 

Um funcionário do governo disse que a ordem de Trump acabaria com separações, mantendo as famílias unidas em centros de detenção de imigrantes.  O Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) opera dois grandes centros de detenção para famílias no Texas e um menor na Pensilvânia, mas sua capacidade combinada é de cerca de 3.000 leitos. 

Em meados de junho, os três centros estavam quase lotados, o que significa que o ICE provavelmente precisaria alocar as crianças junto com os pais ou responsáveis nas prisões para imigrantes adultos. Isso provavelmente violaria o acordo "Flores Settlement" de 1997, que limita a capacidade do governo de manter as crianças em detenção. 

Um funcionário do governo com conhecimento do plano indicou que a administração Trump estava antecipando ações judiciais e se preparando para contestar o acordo “Flores” na Justiça, especialmente se os congressistas não aprovarem uma correção legislativa.

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