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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (7) que irá suspender toda a ajuda financeira americana à África do Sul. Além disso, afirmou que os fazendeiros perseguidos no país africano terão um caminho facilitado para obter a cidadania americana. A decisão foi comunicada em uma postagem na Truth Social, onde Trump criticou duramente o governo sul-africano.
“A África do Sul está sendo terrível, especialmente com fazendeiros de longa data no país. Eles estão confiscando suas terras e fazendas, e muito pior do que isso. Um lugar ruim para se estar agora, e estamos suspendendo toda a ajuda federal”, declarou Trump. "Para ir além, qualquer fazendeiro (com família!) da África do Sul, que esteja buscando fugir daquele país por razões de segurança, será convidado para os Estados Unidos da América com um caminho rápido para a cidadania", concluiu o presidente.
A suspensão da ajuda financeira deve impactar diretamente os repasses dos EUA à África do Sul, que totalizaram cerca de US$ 323,4 milhões em 2024, de acordo com dados do governo americano, veiculadas pela agência Reuters.
A decisão de Trump ocorre em meio a crescentes denúncias sobre a situação dos agricultores na África do Sul. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou em janeiro deste ano uma lei que permite ao governo confiscar terras sem compensação, sob o argumento de "interesse público". O tema gerou forte oposição internacional. O empresário Elon Musk, que integra o governo Trump e nasceu na África do Sul, vem criticando abertamente as políticas do governo Ramaphosa. Em postagens recentes, Musk acusou a administração sul-africana de adotar “leis racistas” contra a minoria branca no país. Segundo o empresário, o principal alvo da lei de confisco de terras são os fazendeiros brancos que residem no país.







