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Após chamar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “ditador sem eleições”, expulsá-lo da Casa Branca no final de fevereiro e acusá-lo de ser tão responsável pela guerra quanto a Rússia, o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar seu homólogo ucraniano nesta quarta-feira (23).
Numa postagem na rede Truth Social, o republicano fez referência a uma declaração de Zelensky numa entrevista coletiva na terça-feira (22), reproduzida pelo The Wall Street Journal, de que “a Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia”, invadida pelos russos desde 2014, e “não há nada para discutir aqui”.
“Essa declaração é muito prejudicial às negociações de paz com a Rússia, visto que a Crimeia foi perdida anos atrás sob os auspícios do presidente Barack Hussein Obama e nem sequer é um ponto de discussão”, disparou Trump.
“São declarações incendiárias como as de Zelensky que tornam tão difícil a resolução desta guerra. Ele não tem nada do que se gabar! A situação da Ucrânia é terrível — ele pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”, acrescentou o presidente americano.
A postagem de Trump foi publicada poucas horas depois do seu vice, J. D. Vance, ter afirmado que o acordo de paz proposto pelos Estados Unidos exige que tanto Rússia quanto Ucrânia aceitem ceder territórios.
De acordo com o site americano Axios, a oferta de Trump para alcançar a paz na Ucrânia inclui o reconhecimento por parte dos EUA da Crimeia como parte da Rússia e o reconhecimento não oficial do controle russo de quase todas as áreas ocupadas no sul e no leste ucranianos desde a invasão de 2022.
Washington tem reafirmado que deixará de atuar como mediadora nas negociações entre Ucrânia e Rússia se avanços significativos rumo à paz não forem alcançados nos próximos dias.







