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A Indonésia, um dos países mais propensos a desastres da Terra, se situa no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, onde placas tectônicas se encontram e uma grande parte das erupções vulcânicas e dos terremotos do mundo ocorrem.  | SEMI/AFP
A Indonésia, um dos países mais propensos a desastres da Terra, se situa no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, onde placas tectônicas se encontram e uma grande parte das erupções vulcânicas e dos terremotos do mundo ocorrem. | Foto: SEMI/AFP

Um tsunami que pode ter sido causado pela erupção de um vulcão conhecido como o “filho” do lendário Kratatoa deixou mortos e feridos na Indonésia na noite de sábado (22).

Segundo o último balanço, ao menos 222 pessoas morreram, 28 estão desaparecidas e 843 ficaram feridas na região do estreito de Sunda, entre Java e Sumatra.

O governo brasileiro, que tem acompanhado a tragédia, informou, através do Itamaraty, que ainda não há registro de brasileiros atingidos pelo tsunami. Em nota, o Brasil expressou condolências às famílias das vítimas, seus votos de recuperação aos feridos e solidariedade ao povo e ao Governo da Indonésia.

Dezenas de edifícios ficaram destruídos pela onda gigante, que atingiu as praias do sul de Sumatra e do extremo oeste de Java por volta das 21h30 locais de sábado (12h30 de Brasília), informou, em um comunicado, o porta-voz da agência de gestão de desastres do país, Sutopo Purwo Nugroho.

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Autoridades informaram que o tsunami pode ter sido causado por uma elevação anormal da maré, provocada por um deslizamento de terra submarino que se seguiu à erupção de Anak Krakatoa.

A agência geológica da Indonésia continua investigando as causas, afirmou Nugroho, acrescentando que o número de mortos pode aumentar.

No Twitter, Nugroho postou um vídeo que mostra o impacto na região, com ruas alagadas e carros danificados - o tsunami chegou horas depois da erupção. Na mensagem, ele alertou que a contagem de vítimas deve aumentar. As mortes foram registradas em três regiões: Pandeglang, Lampung do Sul e Serang. A área é frequentada por turistas. 

Equipes de resgate e voluntários atuam juntos após o forte terremoto que atingiu as ilhas de Sumatra e JavaSEMI/AFP

Um norueguês que trabalha em Jacarta postou um relato no Facebook. “Eu tive que correr quando a onda passou pela praia”, escreveu Oystein Lund Andersen. Ele disse que estava tirando fotos do vulcão quando viu uma grande onda vindo em sua direção e avançando terra adentro. 

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“A onda seguinte invadiu a área do hotel onde eu estava. Consegui correr com minha família para uma área mais alta, onde fomos socorridos por moradores locais. Ficamos ilesos, felizmente”, disse Andersen, que publicou imagens de carros arrastados em sua página na rede social.

De acordo com as autoridades geológicas da Indonésia, o vulcão Krakatoa esteve em erupção durante 2 minutos e 12 segundos na (21) sexta-feira. 

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Assistência às vítimas

Endan Permana, diretor da Agência de Mitigação de Desastres Nacionais na região de Pandeglang, disse a um canal de TV que a polícia estava prestando assistência imediata às vítimas e que algumas áreas atingidas são populares entre turistas.

“Muitas pessoas estão desaparecidas”, disse Permana.

Anak Krakatoa é uma pequena ilha vulcânica que emergiu do oceano meio século depois da erupção mortal do Krakatoa, em 1883.

Vulnerabilidade

A Indonésia, um dos países mais propensos a desastres da Terra, se situa no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, onde placas tectônicas se encontram e uma grande parte das erupções vulcânicas e dos terremotos do mundo ocorrem. O Anak Krakatoa é um dos 127 vulcões ativos registrados no arquipélago.

Frequentemente registram-se no país terremotos mortais. Em setembro, pelo menos 832 pessoas morreram após um terremoto seguido de tsunami que atingiu a cidade de Palu, na ilha de Sulawesi. 

A catástrofe começou com um terremoto de magnitude 6,1 que deixou um morto e 20 feridos. Cerca de três horas depois, veio o terremoto mais forte, de 7,5 graus, seguido de um tsunami. Um alerta foi emitido, mas suspenso 30 minutos depois.

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