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Destruição em Hatai, província do sul da Turquia: lei sobre “informações falsas” publicada no ano passado no país fez ONGs internacionais manifestarem preocupação com arbitrariedades
Destruição em Hatai, província do sul da Turquia: lei sobre “informações falsas” publicada no ano passado no país fez ONGs internacionais manifestarem preocupação com arbitrariedades| Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK

As autoridades da Turquia detiveram 64 pessoas acusadas de “fazer comentários provocativos” nas redes sociais em relação aos dois terremotos que atingiram o sudeste do país há oito dias, deixando mais de 41 mil mortos em território turco e na Síria, segundo os dados oficiais mais recentes.

Desse total, 17 suspeitos foram levados para a prisão, segundo informou nesta terça-feira (14) em comunicado a direção de segurança turca, que também indicou que foram identificados os administradores de 531 contas nas redes sociais nas quais tais comentários foram feitos.

A imprensa turca afirma que entre os detidos há pessoas que deram informações falsas nas redes sociais. Um deles, por exemplo, teria afirmado que três prédios em Sanliurfa haviam desabado nos tremores secundários após os terremotos de segunda-feira da semana passada.

Por outro lado, muitos cidadãos turcos reclamaram nas redes sociais após o terremoto sobre a ausência de ajuda e a demora das equipes de resgate.

A Turquia aprovou uma polêmica lei de desinformação em outubro do ano passado que pune a disseminação de “notícias falsas” com até três anos de prisão.

Os regulamentos foram criticados pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - bem como por várias ONGs internacionais -, porque suas definições vagas e amplo escopo podem levar “a ações arbitrárias e politicamente motivadas à custa da liberdade de expressão”.

As autoridades turcas também informaram nesta terça-feira que fecharam 46 páginas da internet por pedirem ajuda aos cidadãos de forma fraudulenta.

O comunicado acrescenta que também foram identificadas 15 contas nas redes sociais que exigiam dinheiro dos cidadãos usando ou imitando o nome de instituições oficiais.

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