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Centenas de jornalistas e técnicos da emissora de televisão estatal da Tunísia entraram em greve por afirmarem que a censura do governo foi mantida.

A greve reflete o crescimento da frustração pública no país mais desenvolvido do norte da África por conta do lento ritmo de mudança desde uma rebelião que tirou do poder o presidente Zine al-Abidine Ben Ali no mês passado.

"Nós estamos em greve para exigir o fim de toda a pressão e impedir a censura para que possamos trabalhar livremente... nós não vamos aceitar mais restrições", disse um dos jornalistas em greve à Reuters, que não quis divulgar o seu nome.

"A greve não vai acabar até que os responsáveis saiam e nós possamos trabalhar livremente e de forma independente", disse outro jornalista.

O canal de televisão First National Television da Tunísia permanecia no ar neste sábado, mas sem a divulgação de notícias após os trabalhadores entrarem em greve no final da sexta-feira.

A revolução na Tunísia inspirou uma revolta semelhante no Egito e levou a motins em outros locais do mundo árabe, incluindo a Líbia.

Entretanto, o governo interino responsável por definir as eleições para substituir o antigo presidente tem sido alvo de protestos crescentes. Críticos afirmam que há uma estreita ligação com o antigo regime e incapacidade de seguir com as promessas de reforma.

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