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O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sibiga, considerou nesta quinta-feira o acordo mineral entre Kyiv e Washington um “marco importante para a parceria estratégica entre Ucrânia e Estados Unidos”, depois de informar a alta representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, sobre a assinatura do documento entre os dois países. O acordo “visa fortalecer a economia e a segurança da Ucrânia”, escreveu Sibiga em sua conta na rede social X, depois de conversar com Kallas.
O chanceler ucraniano se referiu ao acordo assinado na quarta-feira entre Kyiv e Washington, segundo o qual os dois lados criarão um fundo de investimento conjunto para impulsionar a recuperação econômica e a reconstrução da Ucrânia e permitir que as empresas americanas obtenham lucro. O fundo será financiado por metade dos lucros gerados por projetos de extração de minerais e outros recursos naturais nos termos do acordo, que foi assinado em termos mais favoráveis à Ucrânia do que os originalmente exigidos pelos EUA.
Ex-presidente russo, aliado de Putin, diz que Trump “submeteu” Ucrânia
Também nesta quinta-feira, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev disse que o acordo de minerais e terras raras assinado entre EUA e Ucrânia – que ele chamou de “um país em extinção”, significa que Kyiv terá de pagar pela assistência militar americana com a riqueza mineral do país. “(Donald) Trump finalmente submeteu o regime de Kyiv a pagar pela ajuda dos EUA com minerais úteis. Agora, os suprimentos militares terão de ser pagos com a riqueza nacional de um país em extinção”, analisou Medvedev em seu canal no Telegram. O ex-braço direito do atual presidente russo, Vladimir Putin, acrescentou que ainda não se sabe como Trump lidará com a queda de sua popularidade e “a resistência feroz do deep state”.
No Dia Internacional dos Trabalhadores, o ex-presidente russo (que governou de 2008 a 2012) parabenizou ironicamente o trabalho dos EUA na guerra tarifária pela instabilidade criada no mundo, principalmente na União Europeia. Medvedev zombou do fato de a Rússia não ser afetada por essas tarifas, pois não há fluxo comercial entre seu país e os Estados Unidos.



