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Plano de 15 pontos prevê que a Ucrânia mantenha suas Forças Armadas, mas fique fora das alianças militares com outros países
Plano de 15 pontos prevê que a Ucrânia mantenha suas Forças Armadas, mas fique fora das alianças militares com outros países| Foto: EFE/Jeffrey Arguedas

Ucrânia e Rússia fizeram progressos significativos em um plano de 15 pontos que garantiria um cessar-fogo e a retirada das tropas russas, desde que Kiev se comprometa com a neutralidade, informou nesta quarta-feira (16) o jornal "Financial Times".

Citando três fontes envolvidas nas negociações, o periódico apontou que as delegações dos dois países discutiram esse projeto de acordo, na segunda-feira (14). As propostas envolveriam a Ucrânia desistir de aderir à Otan e de hospedar bases militares estrangeiras em troca de receber a proteção de países como Estados Unidos, Turquia e Reino Unido.

Entretanto, o "Financial Times" ressaltou que tanto essas garantias de proteção dos países ocidentais quanto o futuro status dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia desde 2014 são grandes obstáculos ao desenvolvimento das conversas.

Kiev reivindica que o modelo de neutralidade aceitável para o país deve ser próprio, em vez de inspirado por outros como os de Suécia e Áustria - como pretende Moscou.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu na terça-feira (15) que as posições nas negociações são agora "mais realistas", embora os detalhes das conversas ainda não sejam conhecidos.

O plano de 15 pontos prevê que a Ucrânia mantenha suas Forças Armadas, mas fique fora das alianças militares com outros países.

Também, de acordo com a mesma fonte, o acordo garantiria direitos de proteção para a língua russa na Ucrânia, que é amplamente utilizada, embora o ucraniano seja a única língua oficial.

A minuta também aborda questões humanitárias, segundo um conselheiro de Zelensky citado pelo "Financial Times". Ele reconhece que Kiev estaria disposta a abordar separadamente o status da península da Crimeia e os territórios da região de Donbas, cuja independência foi reconhecida por Moscou antes do início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O acordo também contemplaria a retirada total das tropas russas do território ucraniano.

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