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Europa

Ucrânia tem o dia mais sangrento da onda de protestos

Governo de Yanukovich tenta retirar manifestantes da Praça da Independência e confrontos deixam 21 mortos e pelo menos 150 feridos

Homem arremessa coquetel molotov contra a polícia, cercado por outros armados de pedras | Gleb Garanich/Reuters
Homem arremessa coquetel molotov contra a polícia, cercado por outros armados de pedras (Foto: Gleb Garanich/Reuters)
Seguranças pegam fogo com coquetel molotov atirado por manifestante em Kiev |

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Seguranças pegam fogo com coquetel molotov atirado por manifestante em Kiev

Feridos no dia mais violento dos quase três meses de protestos contra o governo ucraniano |

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Feridos no dia mais violento dos quase três meses de protestos contra o governo ucraniano

Governo dos Estados Unidos pressionou Yanukovich para interromper a violência no país |

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Governo dos Estados Unidos pressionou Yanukovich para interromper a violência no país

A polícia antichoque da Ucrânia avançou ontem sobre a Praça da Independência, o coração dos protestos contra o presidente Viktor Ya­nukovich, no dia mais violento das manifestações desde que a mobilização popular começou, há quase três meses, quando o governo ucra­­niano abriu mão de um acordo comercial com a União Europeia para se aproximar da Rússia.

Até o fechamento desta edição – 4h da madrugada em Kiev –, as autoridades ucranianas confirmaram a morte de 21 pessoas, incluindo 7 policiais. Pelo menos 150 ficaram feridas. Multidões continuavam na praça, alimentando enormes barricadas em chamas e ainda enfrentando as forças de segurança com pedras e coquetéis molotov.

De acordo com a CNN, era esperado um pronunciamento de Yanukovich, depois da reunião com representantes da oposição.

No início do dia, as forças do governo romperam as barricadas perto do estádio do Dynamo de Kiev e se dirigiram para os limites da praça, horas depois de Moscou destinar US$ 2 bilhões em ajuda à Ucrânia, recursos que a Rússia estava segurando para pressionar o governo ucraniano a tomar uma medida contra os manifestantes pró-Europa.

Os Estados Unidos, por meio do Departamento de Estado, disseram estar "alarmados" com a explosão de violência em Kiev. Para o jornal The New York Times, os embates de ontem mostram como a situação na Ucrânia é volátil.

Cronologia

As datas que marcaram as manifestações:

21.nov.2013

Presidente suspende preparativos para associação da Ucrânia com a União Europeia.

24.nov.2013

Entre 23 mil pessoas (segundo a polícia) ou 100 mil (segundo organizadores) saem às ruas em Kiev.

30.nov.2013

Ao menos 35 manifestantes ficam feridos após polícia dissolver protesto pacífico em Kiev.

31.nov/1º.dez.2013

Cerca de 350 mil pessoas participam de atos em Kiev no fim de semana.

8.dez.2013

Cerca de 500 mil manifestantes se reúnem na Praça da Independência, em Kiev (organizadores aguardavam 1 milhão); estátua de Lênin é derrubada.

15.dez.2013

Cerca de 200 mil manifestantes se reúnem na Praça da Independência.

22.jan.2014

Confronto entre opositores e polícia deixa três mortos em Kiev; um jovem morre ao cair de uma torre no estádio do Dínamo.

25.jan.2014

Morre outro manifestante ferido no dia 22.

28.jan.2014

Parlamento derruba lei que limitava protestos; primeiro-ministro renuncia.

6.fev.2014

Explosão em prédio ocupado por oposicionistas deixa um ferido.

9.fev.2014

70 mil manifestantes se reúnem na Praça da Independência.

14.fev.2014

Governo solta os 234 opositores presos, mas mantém as acusações contra eles.

16.fev.2014

Lei de anistia retira as acusações contra os 234 manifestantes; opositores desocupam prédios estatais.

Ontem

Cerca de 2 mil retomam prédios públicos e atacam a sede do partido do presidente; ao menos 14 morrem (seis policiais) quando a polícia ataca acampados na praça.

Fonte: Folhapress.

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