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A União Europeia condenou hoje a sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani por supostamente cometer adultério com dois homens. Em sua primeira apresentação do "Estado da União" ante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso disse que estava horrorizado com as notícias sobre a sentença e afirmou que ela era brutal.

O castigo imposto a Sakineh, proposto em julho, foi fortemente criticado por membros da comunidade internacional devido à sua brutalidade. Agora, o caso está sendo reavaliado pela Corte Suprema do Irã. O advogado de Ashtiani disse que teme que a pena de morte seja executada logo, quando terminar a moratória

sobre as execuções devido ao Ramadã, um mês sagrado para os muçulmanos.

Ao estilo da tradição norte-americana, Barroso convocou os deputados do Parlamento Europeu para o primeiro discurso sobre o "Estado da União", em Estrasburgo. O discurso sobre o "Estado da União" é um evento anual nos Estados Unidos, que consiste num pronunciamento do presidente diante do Congresso sobre a situação do país.

No seu discurso, Barroso delineou o plano estratégico da UE para o próximo ano. "Dirijo a cada europeu a seguinte mensagem: pode acreditar que a União Europeia fará tudo o que for necessário para assegurar o seu futuro", afirmou. O presidente observou que as perspectivas econômicas são hoje melhores do que há um ano e que continuam a evoluir em uma boa direção. Ele citou que o crescimento é superior ao previsto e a taxa de desemprego deixou de aumentar. "Mas a nossa ação ainda não terminou", acrescentou. "Temos de acelerar o nosso programa de reformas."

O presidente da Comissão Europeia fez um balanço do último ano e disse acreditar que os europeus "podem ter confiança na União" para levar os 27 países "rumo ao futuro": "Chegou a hora da verdade para a Europa. A Europa tem de mostrar que é mais do que 27 soluções diferentes. Ou sobrevivemos juntos ou nos afundamos um a um. Só vamos ter êxito se ao agirmos nacional, regional ou localmente pensarmos como europeus", comentou.

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