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Um site islamita difundiu nesta segunda-feira um vídeo supostamente da Al-Qaeda e que convoca ações de "extermínio coletivo" para aterrorizar o Ocidente.

"É preciso levar o terrorismo islâmico aos países do Ocidente para convertê-lo num fenômeno similar ao das catástrofes naturais", afirma uma voz não identificada no vídeo colocado no site ekhlaas.

Esta mesma página anunciou, em 12 de setembro passado, a iminente difusão desse vídeo, o terceiro da Al-Qaeda, coincidindo com o sexto aniversário dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.

"Assim, serão realizados atos de extermínio coletivo no Ocidente, onde as pessoas sentirão que seu bem-estar também lhes trará a morte (...), criando então um equilíbrio de dissuasão entre nós e eles", acrescenta a voz.

O vídeo, que tem por título "As conquistas de Nova York e de Washington: razões e motivações", é assinado pela "Al Tanzim" (a organização), que parece ser um novo órgão de imprensa da rede, cujo nome em árabe é "Tanzim Al-Qaeda".

No vídeo, podem ser vistas imagens intercaladas das Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York em chamas em 11 de setembro de 2001 e com seqüências filmadas nos campos de treinamento dos jihadistas.

Também são ouvidas mensagens do chefe da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e de seu braço direito, o egípcio Ayman al-Zawahiri, assim como um extrato de mensagens de vídeo do suposto responsável pela organização no Afeganistão, Mustafa Abu Al-Yazid.

Bin Laden homenageia os 19 suicidas autores dos atentados de 11 de Setembro, entre eles "os 15 jovens do país das duas Santas Mesquitas", referindo-se à Arábia Saudita. "Deram uma grande lição e mostraram que sua fé lhes impôs diversas ordens e lhes recomendou que se sacrificassem" pelo Islã.

Zawahiri, por sua vez, denuncia que a "América é a responsável pelos criminosos que cometeram o crime da criação de Israel, que persiste há 50 anos. A nação do Islã não pode aceitar que este crime continue".

Na última mensagem de Bin Laden, uma fita de áudio divulgada em 11 de setembro passado, o chefe da Al-Qaeda já tinha elogiado os 19 autores dos atentados suicidas nos Estados Unidos.

Na mensagem, o chefe da Al-Qaeda pediu ainda que "os jovens mulçumanos" se "somem à caravana dos muyahidines (guerreiros) para o triunfo" do Islã.

Três dias antes, um outro vídeo havia sido divulgado. Nele, Bin Laden se dirigia "ao povo americano" ameaçando-o a intensificar seus ataques se a guerra do Iraque não acabasse.

A fita, considerada autêntica pelos serviços secretos americanos, marcava a reaparição de Bin Laden depois de quase três anos de silêncio.

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