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Com o status de membro pleno na Unesco, a Autoridade Nacional Palestina espera conseguir a aprovação da candidatura de 20 sítios históricos e culturais como Patrimônio Histórico da Humanidade pela entidade. neste ano, a Basílica da Natividade em Belém, considerada o local de nascimento de Jesus Cristo, teve sua candidatura negada por que o Estado possuía somente o status de observador na Unesco.

"Este é um simples exemplo de como a Palestina não tem conseguido preservar sua herança cultural através de direitos garantidos a todos os países no mundo", disse Hamdan Taha, ministro palestino de Cultura e Antiguidades. "Vamos voltar a candidatar Belém e esperamos que depois disso outras cidades consigam a aprovação da Unesco".

Desde 2002, a Unesco contribui com o Estado palestino no levantamento do patrimônio e treinamento de especialistas para a preparação das candidaturas e plano de conservação dos sítios. Além de Belém, as cidades de Jericó, Hebron e Nablus, o Mar Morto e as rotas religiosas da Terra Santa estão no inventário. Com a aprovação, a Unesco pode intensificar o auxílio na conservação e manutenção do patrimônio. A maior visibilidade e certificação de conservação do patrimônio também é um grande atrativo de turistas.

"Não vemos a Unesco como um palco para o confronto, mas como uma oportunidade de construir ligações", disse Taha sobre as acusações de que a candidatura palestina tinha motivações políticas - como membro pleno da Unesco, a Palestina poderá participar ativamente na proteção do patrimônio cultural em seus territórios.

Diretor da American Task Force na Palestina, Hussein Ibish acredita que um dos poucos efeitos práticos do novo status da Palestina na Unesco é a aprovação dos sítios históricos como Patrimônio da Humanidade: "Na prática, isso é o que a Unesco agora pode fazer pela Palestina, além de aumentar a contribuição à comunidade científica. Porém, com o corte das verbas que os Estados Unidos destinam anualmente a Unesco, a instituição perderá muito em seu trabalho. Politicamente, é importante para a Palestina aumentar sua presença em instituições internacionais. É também o momento de se perguntar se isso não é uma nova estratégia, mais modesta. Ir a cada entidade internacional, aos poucos, buscando esse status".

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