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O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, disse que os esforços mais recentes da União Africana para mediar o impasse político na Costa do Marfim fracassaram nesta quarta-feira. Ele intensificou os alertas sobre a novas sanções e o uso da força.

Alassane Ouattara foi internacionalmente reconhecido como vencedor da eleição presidencial de 28 de novembro, mas o outro candidato, Laurent Gbagbo, se recusou a deixar o poder, alegando que houve fraude na votação. Ele mantém o controle sobre as Forças Armadas, sobre a maior parte do setor de cacau e sobre órgãos estatais.

"Apesar das amplas discussões... com o senhor Laurent Gbagbo e o presidente eleito Alassane Ouattara, que avançaram tarde da noite adentro, eu lamento anunciar que a quebra do impasse que era necessária não foi atingida", disse Odinga a jornalistas no aeroporto, pouco antes de deixar o país.

"O tempo está se esgotando", acrescentou ele, ao se referir aos esforços para resolver o impasse entre os dois rivais que se declaram vitoriosos nas eleições, que ameaça levar uma guerra civil ao maior produtor de cacau do mundo.

Um comunicado escrito divulgado ao mesmo tempo que Odinga falava fez um apelo para que os principais atores da crise evitem um cenário "que exigiria sanções punitivas adicionais nas áreas econômica financeira, e possivelmente o uso da força".

Odinga disse que pediu a Ouattara que inclua aliados de Gbagbo em qualquer gabinete que vier a formar e que dê "garantias de blindagem" para a segurança futura do rival.

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