O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo de Moscou, deve ser alvo de sanções da União Europeia devido ao apoio ao presidente Vladimir Putin. Segundo um documento do Serviço Europeu de Ação Externa ao qual o site Politico teve acesso, a justificativa seria que o patriarca tem sido “um dos mais proeminentes apoiadores da agressão militar russa contra a Ucrânia”.
De acordo com o Politico, o serviço apontou sermões e comentários pró-guerra feitos por Cirilo desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, além de ter abençoado os soldados russos que lutam na Ucrânia.
“O patriarca Cirilo é, portanto, responsável por apoiar ou implementar ações ou políticas que prejudicam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia, bem como a estabilidade e a segurança do país”, apontou o documento. O novo pacote de sanções, que incluiria as medidas contra Cirilo, ainda precisa ser votado pelos países-membros da UE.
Esta semana, o papa Francisco afirmou em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera ter alertado Cirilo para “não se transformar no coroinha de Putin”, durante uma videochamada feita entre os dois líderes religiosos em março.
A Igreja Ortodoxa Russa condenou a declaração. “O papa Francisco escolheu um tom incorreto para transmitir o conteúdo desta conversa”, afirmou o Patriarcado de Moscou. “Tais declarações não contribuem para o estabelecimento de um diálogo construtivo entre as igrejas Católica Romana e Ortodoxa Russa, o que é especialmente necessário no momento.”
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