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Sacrificar ou não

Ursinho órfão gera polêmica na Alemanha

Ativistas dos direitos dos animais pedem sacrifício de Knut, com três meses de idade

Uma informação desta terça-feira pelo site de notícias G1 traz a polêmica criada na Alemanha em torno de um ursinho. Knut tem apenas quatro meses de vida, mas uma controvérsia a respeito de sua "educação", e do próprio fato de ele estar sendo mantido vivo, está mobilizando o país alemão. O filhote de urso polar nasceu no Zôo de Berlim e foi rejeitado pela mãe, uma antiga ursa de circo da Alemanha Oriental. Um tratador do zoológico se incumbiu de criá-lo, mas ativistas do movimento de direitos dos animais alegam que o correto seria sacrificar o filhote.

Segundo a rede britânica BBC, o debate foi iniciado por Frank Albrecht, ativista dessa causa, que defendeu o sacrifício de Knut no maior jornal da Alemanha, o "Bild". Wolfram Graf-Rudolf, diretor do Zôo de Aachen, apoiou a idéia. A mãe de Knut deu à luz dois ursos em dezembro. Um dos bebês morreu logo depois, enquanto Knut foi socorrido pelos funcionários do zoológico. Segundo Graf-Rudolf, "deveriam ter tido a coragem de deixar o urso morrer naquele momento".

Por enquanto, Knut está crescendo com saúde. Os funcionários do zôo o alimentam com uma mamadeira, deixam o filhote dormir ao lado deles na cama e até tocam músicas de Elvis Presley para ele. No entanto, os ativistas alegam que o animal ficará extremamente apegado aos tratadores humanos, não conseguirá se separar deles quando ficar grande e perigoso demais e nunca conseguirá se entrosar com outros ursos.

Andre Schüle, veterinário do Zôo de Berlim, defendeu o tratamento, dizendo que Knut nasceu saudável e que não havia razão para sacrificá-lo. A idéia é tirar lentamente o apego dele aos tratadores até Knut alcançar a fase em que deixaria a proteção da mãe, por volta dos três anos de idade. Na fase adulta, os ursos polares são criaturas solitárias; por isso, imagina-se que ele não teria problemas para viver sozinho no zôo.

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