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Israel

Vândalos pró-colonos ateiam fogo a monastério na Cisjordânia

O nome do assentamento, Migron, que foi esvaziado após a decisão de um tribunal no domingo, foi pichado na parede do famoso Monastério Latrun, ao lado dos dizeres "Jesus é um macaco"

O Monastério Latrun fica localizado em territórios que Israel tomou na guerra de 1967 e anexou - medida que nunca foi reconhecida internacionalmente | Reuters/Baz Ratner
O Monastério Latrun fica localizado em territórios que Israel tomou na guerra de 1967 e anexou - medida que nunca foi reconhecida internacionalmente (Foto: Reuters/Baz Ratner)

Vândalos atearam fogo nas portas de um monastério cristão perto de Jerusalém, na terça-feira (4), em território ocupado por Israel, e picharam dizeres a favor dos colonos nas paredes, em uma possível retaliação pela retirada de famílias de um assentamento judaico não autorizado.

O nome do assentamento, Migron, que foi esvaziado após a decisão de um tribunal no domingo, foi pichado na parede do famoso Monastério Latrun, ao lado dos dizeres "Jesus é um macaco", informou a polícia.

Autoridades de segurança israelenses afirmaram que estavam preocupados que a retirada de 50 famílias de Migron, perto da cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia, pudesse provocar retaliações de um grupo que vigia os assentamentos, conhecido como "política do preço".

A "política do preço" refere-se a atos de vingança de alguns colonos israelenses que afirmam que irão revidar da mesma forma qualquer tentativa do governo de restringir os assentamentos judaicos nas regiões ocupadas da Cisjordânia, área que os palestinos querem como parte de seu futuro Estado.

O grupo de colonos mira mesquitas e, com menos frequência, igrejas católicas, e veem qualquer local não judaico como uma intrusão.

Um rabino israelense que visitou o local chamou o ataque de um "evento feio".

"Como rabino e cidadão israelense estou envergonhado hoje e profundamente perturbado pelo fato de que esta não é a primeira vez que este tipo de evento acontece em Israel", disse o rabino Gilad Kariv, chefe da vertente reformista do judaísmo no país, à Reuters TV.

"Precisamos garantir que outras fiés, outras comunidades se sintam seguras aqui", acrescentou Kariv.

O Monastério Latrun fica localizado em territórios que Israel tomou na guerra de 1967 e anexou - medida que nunca foi reconhecida internacionalmente.

A polícia disse que havia iniciado uma investigação sobre o ataque.

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