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Em um comunicado emitido na manhã desta segunda-feira (21), o Vaticano suspendeu a Celebração Eucarística e o Rito de Canonização de Carlo Acutis, o beato de apenas 15 anos, que morreu em 2006 vítima de uma leucemia.
A celebração estava prevista para o dia 27 de abril, o próximo domingo. Entre os milagres atribuídos a Carlo Acutis que o levaram à beatificação por Francisco em 2020, estava a cura de uma criança brasileira que tinha um problema no pâncreas que o impedia de se alimentar normalmente. O milagre foi oficialmente reconhecido pela Igreja Católica.
A Santa Sé disse que a suspensão se dá em decorrência da morte do papa Francisco. O jovem Carlo Acutis, cuja canonização foi anunciada ano passado pelo pontífice, seria oficialmente reconhecido como santo pela Igreja Católica na próxima semana. Nascido em Londres, em 1991, e criado na Itália, Carlo é lembrado por seu profundo amor pela Eucaristia e pelo uso da tecnologia para evangelizar.
Ainda muito jovem, demonstrou uma espiritualidade intensa e uma dedicação à fé incomum entre seus pares. Produziu um site sobre milagres eucarísticos e desejava, com seus conhecimentos de informática, aproximar outros jovens de Deus. Ofereceu seus sofrimentos pela Igreja e pelo Papa Bento XVI. Sua vida curta, mas profundamente significativa, rapidamente tocou fiéis ao redor do mundo.
Carlo Acutis era conhecido por sua simplicidade, generosidade e senso de missão. Apesar de gostar de futebol, videogames e da internet como qualquer adolescente, vivia com os olhos voltados para Deus e para a eternidade. Seu testemunho transformou a fé de sua família e inspira muitos jovens a seguirem uma vida de santidade.
A expectativa é para que o adolescente se torne um dos primeiros santos da era digital. Sua vida de santidade foi marcada pela prática intensa da fé, incluindo a participação nos sacramentos da Eucaristia e da Confissão, além de sua dedicação à caridade.
Em muitas delas, ele é retratado com roupas simples, como uma camisa polo e jeans, e com objetos ligados à sua vida, como uma câmera ou um tablet. Alguns setores da Igreja chegaram a criticar essa forma de representação, argumentando que ele deveria ser mostrado com vestes litúrgicas mais tradicionais, como um coroinha ou de terno e gravata. Para outros religiosos e mesmo fieis, essa crítica ignorava o fato de que a arte sacra não precisa seguir a formalidade das representações tradicionais, mas comunicar a fé e a vida dos santos de forma que ressoe com as realidades.
Ao ser representado com roupas informais, Carlo Acutis transmite a ideia de que a santidade pode se manifestar nas ações diárias e na vida comum. Em sua curta vida, ele demonstrou que a busca pela santidade é acessível a todos, independentemente de sua classe social ou contexto. Ele é um modelo para os jovens católicos, mostrando que a fé pode ser vivida de maneira autêntica e moderna, sem perder sua profundidade espiritual.




