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Saúde

Vaticano diz que não há distinção de gênero no uso de preservativo

Para o Papa, camisinha é mal menor que transmitir o vírus da aids. Erro de tradução em livro de entrevista causa polêmica

Bento XVI recebe livro do jornalista alemão Peter Seewald. Tradução errada provocou polêmica | L’ Osservatore Romano/Reuters
Bento XVI recebe livro do jornalista alemão Peter Seewald. Tradução errada provocou polêmica (Foto: L’ Osservatore Romano/Reuters)

Cidade do Vaticano - Usar preservativos é um mal menor que transmitir o vírus HIV para um parceiro sexual – mesmo que isso signifique que uma mulher evitou uma possível gravidez –, disse ontem o Vaticano, sinalizando uma grande mudança no ensinamento papal, como foi explicitado em comentários do Papa Bento XVI no final de semana passado.

"Essa é uma mudança", disse o reverendo James Martin, um je­­suíta e escritor. "Ao reconhecer que as camisinhas ajudam a evitar que o vírus HIV se espalhe en­­tre as pessoas nas relações sexuais, o Papa mudou completamente a discussão dos católicos sobre o preservativo."

O porta-voz do Vaticano, Fe­­derico Lombardi, esclareceu que Bento XVI tinha em mente tanto homens como mulheres ao aceitar, segundo o livro Luz do Mundo – o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos, lançado oficialmente ontem, o uso de preservativos para evitar a propagação da aids através da prostituição.

O texto original em alemão do livro de entrevistas com Bento XVI, no qual o Papa justifica em "algunos casos" o uso do preservativo, fala de "prostituto" e não de "prostituta", como foi traduzido por erro na versão italiana. No texto alemão, aprovado pelo pon­­tífice, o chefe da Igreja católica considera que, em "alguns casos", o uso do preservativo está justificado e dá como exemplo "quando um prostituto utiliza um profilático".

O erro na tradução para o italiano, cujos trechos foram divulgados pelo jornal da Santa Sé, L’ Osservatore Romano, se deveu a motivos de rapidez e será corrigido nas próximas edições, segundo fontes eclesiásticas.

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