
O maior vazamento de petróleo conhecido na China já havia mais do que duplicado de volume até ontem, fechando praias no Mar Amarelo e fazendo com que autoridades ambientais dissessem que o espesso petróleo bruto representa uma "severa ameaça" à vida marinha e à qualidade da água na região. As pessoas que trabalham na limpeza das praias em Dalian não têm os equipamentos necessários, o que complica a realização da tarefa, embora 40 barcos para o controle do petróleo e centenas de barcos de pesca tenham sido enviados para a área.
"Estive em algumas baías hoje [ontem] e vi que elas estão quase inteiramente cobertas de óleo negro", disse Zhong Yu, funcionária do grupo ambientalista Greenpeace China, que passou o dia de ontem num barco inspecionando o vazamento. "O petróleo é meio sólido e meio líquido e é pegajoso como asfalto", disse ela.
O petróleo se espalhou por mais de 430 quilômetros quadrados em cinco dias, desde que um oleoduto no movimentado porto no nordeste do país explodiu.
Meios de comunicação estatais afirmam que não há mais vazamento no mar, mas não está claro qual foi a quantidade de petróleo que saiu do oleoduto.
O Greenpeace China divulgou ontem fotografias de esteiras de palha de 2 metros quadrados no meio do vazamento, colocadas para absorver o óleo. Zhong disse que é difícil para o Greenpeace China estimar o tamanho real do vazamento e dos danos que está causando.
Mas uma autoridade marítima da cidade de Dalian, onde o porto está localizado, já advertiu sobre os danos ambientais, e pelo menos uma pessoa morreu durante as tentativas de limpeza. Zhang Liang, um bombeiro de 25 anos se afogou na terça-feira quando uma onda o derrubou de uma embarcação, informou a agência de notícias Xinhua. Outro homem que também caiu foi resgatado.



