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Claudine Gay, reitora da Universidade Harvard, em audiência no Congresso dos Estados Unidos em dezembro de 2023.
Claudine Gay, reitora da Universidade Harvard, e outras duas reitoras evitaram condenar explicitamente a defesa do extermínio de judeus no ambiente universitário, em audiência no Congresso dos Estados Unidos| Foto: Will Oliver/EFE/EPA

O economista Philip Dybvig, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2022, fez duras críticas à reitora de Harvard, Claudine Gay, dias após ela se recusar a responder se pregar o genocídio de judeus violaria o código de conduta da universidade.

Em uma declaração concedida nesta sexta-feira (15) ao site Karlstack, Dybvig disse que Gay é uma “opressora” que representa um “padrão comum em governos que caminham para o totalitarismo”.

O caso envolvendo Gay e outras duas reitoras de universidades americanas de prestígio, Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia, e Sally Kornbluth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), teve início em uma audiência realizada na Câmara dos Representantes no começo deste mês.

As três foram questionadas por parlamentares sobre se estudantes que defendessem o extermínio de judeus seriam punidos por suas instituições. As reitoras deram respostas evasivas, dizendo que isso “dependeria do contexto”.

A postura delas gerou indignação entre membros do Partido Republicano e doadores das universidades, que passaram a pedir a demissão das três. Somente Magill deixou o cargo até o momento, enquanto Gay e Kornbluth permanecem em suas funções.

Dias após participar da audiência na Câmara, Gay ainda foi acusada de plágio em seus artigos acadêmicos, mas o conselho de Harvard resolveu mantê-la mesmo assim no cargo.

Dybvig, que dividiu o Nobel de Economia de 2022 com Ben Bernanke e Douglas Diamond por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras, disse ainda em sua declaração que tinha o sonho de “acabar com a opressão”, mas que percebeu que a “maioria das pessoas quer se tornar o opressor”. Ele comparou Gay e outras pessoas no poder a “governos totalitários” que se dizem “representantes dos oprimidos”, mas que “oprimem grupos não favorecidos” por seus ideais e destroem “quem discorda de sua narrativa”.

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