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A Venezuela anunciou, neste sábado (22), que chegou a um acordo com os Estados Unidos para retomar os voos de repatriação de migrantes a partir de amanhã (23), após ter denunciado o bloqueio, por parte do Departamento de Estado americano, às operações de deportação.
"A Venezuela informa que, dentro do Plano de Retorno à Pátria, e com o propósito do retorno de nossos compatriotas à sua nação com seus direitos humanos salvaguardados, concordamos com o governo dos EUA em retomar a repatriação de migrantes venezuelanos", disse Jorge Rodríguez, representante chavista nas negociações com Washington, em um comunicado publicado no Instagram.
O primeiro voo está programado para este domingo (23).
Rodríguez insistiu que "a migração não é um crime" e que Venezuela não descansará até garantir o retorno de "todos aqueles que precisarem" e até "resgatar" os cidadãos que permanecem, segundo denunciou Caracas, "sequestrados em El Salvador".
Na última quinta-feira (20), o presidente do Parlamento denunciou o "bloqueio" e "impedimento" do Departamento de Estado dos EUA aos voos de repatriação para a Venezuela.
Também anunciou que o governo de Nicolás Maduro está entrando em contato com "os melhores escritórios de advocacia de imigração" dos EUA para representar o país e "todo e qualquer migrante venezuelano".
Ele afirmou que já "contrataram os melhores escritórios de advocacia de El Salvador para defender" e "garantir a liberdade" dos deportados para o país.
Um total de 919 venezuelanos regressaram ao país em cinco voos desde o mês de fevereiro, quando 190 foram repatriados inicialmente, 176 dos quais estavam na base militar americana na Baía de Guantánamo, e 242 mais recentemente, também do México, segundo dados oficiais.
Segundo fontes oficiais, dos 919 repatriados, 18 “têm contas pendentes a acertar com a Justiça venezuelana”.
