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A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, participa de reuniões entre representantes da Índia e América Latina na Ásia
A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, participa de reuniões entre representantes da Índia e América Latina na Ásia| Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, lembrou nesta quinta-feira (3), durante uma visita à Índia, que seu país tem as maiores reservas de petróleo do planeta, um ativo que estaria "a serviço" dos Brics, caso fosse admitido no grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

"Nosso presidente [o ditador Nicolás Maduro] já formalizou a entrada da Venezuela nos Brics em sua comissão de energia. Um país energético, a maior reserva [de petróleo] do planeta a serviço deste importante bloco", disse Rodríguez à emissora estatal venezuelana VTV em Nova Délhi.

A vice-presidente venezuelana destacou que o grupo "está desenhando uma nova internacionalidade completamente afastada do unilateralismo", movimento do qual a revolução bolivariana espera participar.

Os Brics terão uma reunião neste mês na África do Sul, oportunidade que a Venezuela aproveitará para "construir relações" e obter apoio na tentativa de ser admitida por esses países, que atualmente têm governos próximos ao chavismo.

Rodríguez está participando de reuniões entre Índia, América Latina e Caribe (Índia-LAC), organizadas pelo próprio governo indiano, nas quais ela pretende mostrar a "oferta exportável" da Venezuela, principalmente por meio do Centro Internacional de Investimento Produtivo, entidade criada em 2020 para tentar contornar as sanções internacionais.

Uma "grande delegação" esmiuçará em Nova Délhi "as grandes oportunidades de investimento que a Venezuela tem com todo o seu potencial", destacou a vice-presidente, que não deu detalhes sobre a "oferta exportável" ou se pretendem assinar um acordo.

Sobre a importância da Índia, ela lembrou que o país asiático é uma das principais economias mundiais e tem uma demanda energética crescente, principalmente depois que a ONU a projetou como a nação mais populosa do mundo.

“No ano de 2040, o principal demandante de energia será este país e a Venezuela tem as principais reservas energéticas do planeta, então vemos aqui uma relação muito clara de complementaridade”, afirmou.

Na última segunda-feira (31), o ditador Nicolás Maduro afirmou, durante um programa da televisão estatal da Venezuela, que enviou um pedido formal para o país ingressar no grupo de cooperação econômica.

Na entrevista, o chavista disse que espera uma "resposta afirmativa" dos países integrantes do bloco que ele considera "o motor da emergência do mundo multipolar".

A próxima reunião dos Brics será realizada entre 22 e 24 de agosto na África do Sul. ocasião em que o pedido venezuelano deve ser discutido. (Com informações da Agência EFE)

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