
Ouça este conteúdo
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, rechaçou nesta quinta-feira (27) a declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que advertiu o país sul-americano de que seria “um grande erro” atacar militarmente a Guiana por causa da disputa territorial sobre o território de Essequibo.
Gil atribuiu a declaração de Rubio a um “roteiro de ameaças”.
“Marco Rubio não nos surpreende. Conhecemos esse velho roteiro de ameaças e bravatas com o qual uma pessoa autoconsciente pretende assustar povos soberanos”, disse o chanceler em seu canal na plataforma de mensagens Telegram.
Da mesma forma, Gil disse que a Venezuela “não cede à intimidação, nem cede à chantagem” daqueles que “acreditam que com discursos inflamados” podem “distorcer a história” ou “arrebatar” direitos “históricos” que, em sua opinião, pertencem à Venezuela.
“Somos um país amante da paz e a defenderemos usando todos os meios disponíveis, com a força da razão e a legitimidade de nossos direitos”, afirmou.
O chanceler disse que a Venezuela não precisa, nem busca conflitos, mas que não permitirá que “interesses estrangeiros” tentem “reescrever a realidade” sobre Essequibo, um território que faz parte da Guiana, mas é reivindicado pela Venezuela, numa disputa que vem desde o final do século XIX, quando o país vizinho ainda era colônia britânica.
“Tire seu nariz dessa controvérsia! Não permitiremos que [vocês] transformem isso em um campo de batalha para os interesses das transnacionais da ExxonMobil e do complexo industrial militar de seu país”, afirmou Gil.
Nesta quinta-feira, Rubio advertiu a Venezuela de que se ela atacasse a Guiana ou a petroleira americana ExxonMobil “seria um dia muito ruim” para a ditadura de Nicolás Maduro.
“Temos uma grande Marinha, e ela pode ir a quase qualquer lugar, em qualquer lugar do mundo. E temos compromissos existentes com a Guiana”, disse.
Durante uma entrevista coletiva em Georgetown, ao lado do presidente da Guiana, Irfaan Ali, o secretário de Estado americano enfatizou que, se o governo Maduro tomasse tal atitude, seria “uma decisão muito ruim, um grande erro”.
“Quero ser franco: haverá consequências para ações agressivas. E é por isso que nossa cooperação nesse sentido será importante”, enfatizou Rubio.
VEJA TAMBÉM:
Conteúdo editado por: Fábio Galão






