A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela suspendeu as operações da companhia aérea portuguesa TAP no país por 90 dias, após acusar a empresa de permitir que o tio do presidente interino Juan Guaidó, Juan José Márquez, viajasse com explosivos. A decisão foi anunciada pelo ministro do Tranporte, Hipólito Abreu, nesta segunda-feira (17).
Abreu afirmou ainda que o regime chavista avalia ações que podem chegar a uma "suspensão permanente".
Na terça-feira passada, Guaidó chegou a Caracas com o seu tio em um voo da TAP. No mesmo dia, o regime chavista disse que Márquez transportou explosivos sintéticos, coletes a prova de balas e um plano em inglês para cometer atentados no país. Márquez está detido desde então. A sua defesa descreveu o caso como uma "montagem vil".
A TAP se manifestou logo após as acusações feitas por Diosdado Cabello, número dois do chavismo, na semana passada. "É impossível viajar com explosivos em nossos aviões porque temos sistemas de segurança que os detectam", afirmou um representante da companhia.
Na sexta-feira, o Brasil repudiou "os atos de violência" de apoiadores de Maduro no aeroporto de Caracas durante o retorno de Guaidó e manifestou "preocupação com a detenção de familiar do presidente Juan Guaidó", afirmou o Itamaraty pelo Twitter.
O governo dos Estados Unidos também repudiou a detenção de Márquez. "Os Estados Unidos condenam com firmeza a prisão de Juan José Márquez e exigem a sua libertação imediata", disse do Departamento do Estado em nota.
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