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Pessoas participam de protesto contra o uso na Venezuela da vacina da Covid-19 cubana Abdala, em Caracas, 16 de julho
Pessoas participam de protesto contra o uso na Venezuela da vacina da Covid-19 cubana Abdala, em Caracas, 16 de julho| Foto: EFE/ Rayner Pena R/ Gazeta do Povo

A Venezuela registrou entre janeiro e junho deste ano 3.933 protestos de rua, 23% a menos do que no mesmo período do ano passado, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira pelo Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais (OVCS).

O documento da ONG, intitulado "Situação de conflitos sociais na Venezuela durante o primeiro semestre de 2021", aponta que, do número total de protestos, 2.533 estavam relacionados a demandas por direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. O número representa 75% do total de reivindicações e demonstra o descontentamento dos venezuelanos sob a ditadura de Nicolás Maduro.

"Um ano e três meses após a chegada da Covid-19 na Venezuela, a situação de vulnerabilidade das famílias aumentou", afirma o relatório. "Elas não apenas carregam as consequências de uma pandemia, de controles prolongados exercidos pelo Estado sem um plano
eficaz, mas também a população enfrenta as dificuldades e desafios próprios da emergência humanitária complexa".

Segundo o OVCS, os venezuelanos foram às ruas, entre outras questões, para rejeitar um salário mínimo oficial inferior a US$ 3 por mês e exigir um plano de vacinação contra a Covid-19 sem discriminação e com imunizantes certificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A dolarização do salário foi a principal demanda nas manifestações, além da ressignificação do trabalho e o fornecimento de materiais, equipamentos de biossegurança, além de pedidos de dias de vacinação" relatou a ONG.

A OVCS detalhou que foram feitos 745 protestos para exigir direitos à saúde. Do total, 522 ocorreram para demandar vacinas. "Eles protestaram em 522 ocasiões para exigir o aumento da campanha de vacinação contra a Covid-19, sem discriminação e com transparência", acrescenta o texto, que destaca o aumento da vulnerabilidade das famílias com o surgimento da pandemia.

A organização também registrou 1.018 protestos relacionados a falhas de serviços públicos: 290 por falta de gás, 264 por falta de eletricidade e 464 por falta de água. Outras 401 marchas foram registradas sobre o fornecimento de gasolina.

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