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Parlamento do Reino Unido aprovou recentemente uma legislação que pode ser interpretada como uma proibição da oração silenciosa
Parlamento do Reino Unido aprovou recentemente uma legislação que pode ser interpretada como uma proibição da oração silenciosa| Foto: Bigstock

Um veterano militar do Reino Unido está enfrentando acusações criminais por orar silenciosamente no lado de fora de uma clínica de aborto em Bournemouth, na Inglaterra.

Segundo reportagem da Fox News, Adam Smith-Connor, que expressou remorso por pagar pelo aborto de uma ex-namorada, alega que suas preces são em “memória do filho não nascido” e por aqueles que estão “considerando o procedimento”.

Smith-Connor, que está sendo representado pelos advogados da Alliance Defending Freedom International (ADFI), uma organização que defende a liberdade de expressão, afirma que sua oração silenciosa é comparável a “alguém olhando para um celular” ou que está “aguardando um táxi”.

O veterano realizava suas orações em uma "zona de buffer" da clínica abortista British Pregnancy Advice Service. A “zona de buffer" foi criada por autoridades inglesas com o objetivo de evitar atividades de pessoas pró-vida perto de clínicas de aborto.

Smith-Connor está sendo acusado de “invadir” essa delimitação para realizar suas orações pelas autoridades de Bournemouth, que emitiram um aviso de penalidade que inclui multas substanciais para o veterano.

Smith-Connor, que serviu por 20 anos na reserva do exército, incluindo um período no Afeganistão, expressou sua preocupação com o que ele vê como um declínio das liberdades fundamentais do país.

"É inimaginável que, em uma sociedade aparentemente livre, eu esteja sendo criminalmente acusado com base no que eu expressei silenciosamente, na privacidade da minha própria mente", disse ele.

Jeremiah Igunnubole, conselheiro jurídico da ADFI, afirmou que a acusação de oração silenciosa representa uma preocupante erosão das proteções dos direitos humanos no Reino Unido.

Ele enfatizou que, embora a polícia e os tribunais tenham afirmado em outras circunstâncias que a oração silenciosa “não é um ato criminoso”, o Conselho de Bournemouth está interpretando a questão de maneira diferente e ampliando seu poder ao processar indivíduos por essa prática.

Este caso é o terceiro de uma série de processos contra cidadãos do Reino Unido acusados de oração silenciosa dentro de "zonas de buffer" de clínicas de aborto. Em março deste ano, uma voluntária caritativa e um padre católico foram considerados inocentes após enfrentarem acusações semelhantes.

A preocupação com a crescente implementação de "zonas de buffer" em todo o país também está em foco, visto que o parlamento do Reino Unido aprovou recentemente uma legislação que pode ser interpretada como uma proibição da oração silenciosa. Os defensores das liberdades individuais alertam para o risco de um efeito cascata e para a discriminação de pontos de vista mais amplos.

A audiência do caso de Smith-Connor está marcada para o próximo dia 9, quando ele planeja se declarar inocente.

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