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Alguns comerciantes reabriram as portas e mototáxis voltaram a circular nas ruas de Jos, na Nigéria, nesta segunda-feira, depois que o Exército do país conteve os conflitos entre gangues cristãs e muçulmanas, nos quais morreram centenas de pessoas.

Nuhu Gagara, chefe de informação do Estado de Plateau, disse que não houve registros de violência na madrugada e que o governador Jonah Jang iria se reunir com autoridades de segurança para discutir o alívio de um toque de recolher de 24 horas imposto nas áreas mais afetadas pelos combates.

O toque de recolher noturno ainda prevalece em toda a cidade. "O toque de recolher não será suspenso hoje, mas pode ser aliviado", disse Gagara à Reuters.

Gangues rivais incendiaram casas, lojas, mesquitas e igrejas em dois dias de conflitos iniciados devido às eleições locais na cidade, que fica entre o norte muçulmano e o sul cristão da Nigéria.

Este é o pior caso de violência na nação mais populosa da África em alguns anos e representa mais um obstáculo à democracia no continente, depois de outros incidentes pós-eleições no Quênia e no Zimbábue.

Gagara disse no domingo que contagens preliminares da polícia apontam que cerca de 200 pessoas morreram nas lutas. Mas fontes ligadas a mesquitas e hospitais apontam para um número bem maior.

Uma autoridade da principal mesquita da cidade, que lista os mortos que adentram o templo, disse à Reuters que contou 367 mortos. Um médico do Hospital de Ensino da Universidade de Jos afirmou ter recebido 25 mortos e 154 feridos.

A população da Nigéria, que é de 140 milhões de pessoas, está dividida quase igualmente entre muçulmanos e cristãos e as duas partes geralmente convivem bem. Mas as tensões no "cinturão do meio" são frequentes.

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