Quase 150 pessoas ficaram feridas em Bangladesh neste domingo, quando a polícia usou cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar ativistas durante uma greve promovida pela oposição, segundo testemunhas.
A greve fechou a maior parte dos transportes públicos, escritórios, escolas e comércio em todo o país. O domingo é dia útil em Bangladesh.
Incidentes de violência foram relatados em seis distritos, incluindo Narayangaj, situado a 20 quilômetros da capital, Daca, onde ativistas atiraram pedras em batalhas com a polícia, incendiaram pneus e depredaram quase 40 veículos, durante a segunda greve geral em três dias, segundo testemunhas.
Ainda segundo as testemunhas, a polícia prendeu alguns manifestantes.
De acordo com autoridades e testemunhas, mais de cem pessoas ficaram feridas na greve geral que afetou todo o país na quinta-feira.
Uma aliança de oposição formada por 14 partidos e liderada pelo ex-primeiro ministro Hasina, líder da Liga Awami, convocou as greves para pressionar o governo a aceitar reivindicações de reforma eleitoral, promoção da lei e da ordem, redução dos preços e melhora no fornecimento de eletricidade e óleo diesel.
- Se o governo for incapaz de atender às reivindicações, a primeira-ministra Begum Khaleda Zia deveria renunciar, sob pena de enfrentar protestos ainda mais acirrados nas ruas - disse Hasina em reunião partidária realizada na noite de sábado.
- Vamos manter a luta... por uma democracia sem falhas, pela justiça e pelo fim da tortura de rivais políticos - declarou neste domingo um alto líder da Liga Awami, Suranjit Sengupta.
A primeira-ministra Khaleda Zia já declarou que não abrirá mão do poder antes do último dia de seu mandato de cinco anos e pediu a Hasina que a enfrente na próxima eleição parlamentar, em janeiro de 2007.



