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Revolta árabe

Violência marca volta de presidente do Iêmen ao país

Manifestantes exigem renúncia do presidente Abdullah Saleh, que estava sob tratamento médico na Arábia Saudita

Oposicionistas protestam no centro de Sanaa, capital do Iêmen, pela renúncia do presidente do país | Ahmed Jadallah/Reuters
Oposicionistas protestam no centro de Sanaa, capital do Iêmen, pela renúncia do presidente do país (Foto: Ahmed Jadallah/Reuters)

Sanaa - Em seu retorno a Sanaa após uma ausência de três meses para tratamento de saúde, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, pediu uma trégua e diálogo para encerrar a crise política no país. O pedido de Saleh, contudo, foi rechaçado, pelo menos por parte da oposição iemenita, que deseja o fim do regime de 33 anos do autoritário governante.

Combates entre tropas leais a Saleh e a influente tribo Al-Ah­­mar tomaram conta do bairro de Al-Hasaba, no norte da capital do país. Segundo a oposição, pe­­lo menos 18 pessoas foram mortas e 56 ficaram feridas nos confrontos.

No Boulevard 60, uma avenida de Sanaa, a oposição fez um protesto, com manifestantes carregando fotos de pessoas mortas pelo governo e gritando "o povo quer julgar o carniceiro (Saleh)".

O presidente estava havia três meses internado na Arábia Sau­­dita, onde foi se tratar de ferimentos recebidos após a explosão de uma bomba colocada em uma mesquita existente no interior do palácio presidencial.

Saleh, que desde janeiro en­­frenta grandes protestos de po­­pulares nas ruas, foi hospitalizado em Riad no dia 4 de junho, um dia após o ataque. O retorno do presidente a Sanaa ocorre num momento em que a violência assola a capital do país, com pelo menos 100 pessoas mortas em confrontos desde domingo.

A Casa Branca exigiu que Saleh cumpra o acordo firmado com o Conselho de Cooperação do Golfo e abandone o poder por meio de eleições presidenciais até o fim do ano. Saleh é aliado dos EUA na região no combate à rede terrorista Al-Qaeda.

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