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Vítimas de violência no México pedem união nacional entre candidatos

Ativistas reivindicaram uma mudança de estratégia militarizada de combate aos grupos criminosos para que "não siga subordinada aos interesses dos Estados Unidos"

Representantes das mais de 50 mil vítimas da violência no México confrontaram nesta segunda-feira (28) os quatro candidatos à Presidência do país e lhes pediram um acordo de "união nacional" para devolver a paz à nação.

Em um encontro convocado pelo Movimento pela Paz com Justiça e Dignidade (MPJD), liderado pelo poeta Javier Sicilia, os ativistas reivindicaram uma mudança de estratégia militarizada de combate aos grupos criminosos para que "não siga subordinada aos interesses dos Estados Unidos".

O eventual acordo solicitado deveria ficar pronto antes do dia 10 de junho - data do segundo debate entre os quatro candidatos presidenciais - e servir para introduzir na campanha "esta emergência" que vive o México pela violência, segundo o Movimento.

O MPJD exige que o futuro governo do México dê um giro à estratégia antidrogas para que o combate ao tráfico de entorpecentes seja considerado "um problema de saúde, não de segurança nacional", o que implicaria "desmilitarizar o país no menor tempo possível".

Além disso, os porta-vozes das vítimas consideraram indispensável buscar avanços em "uma lei sobre desaparecimento forçado" em um país que acumula mais de 20 mil casos, segundo a plataforma civil criada em maio de 2011 por Javier Sicilia.

O poeta lembrou que os ativistas não participaram o diálogo desta segunda-feira para apoiar um candidato específico, mas para construir "essa união nacional que permita à nação realizar seu sonho" de viver em paz.

Ele lamentou que as campanhas eleitorais, nas quais serão investidos 25 bilhões de pesos (quase US$ 1,8 bilhão), pareçam "a continuação da violência por outros meios". Depois cedeu a palavra aos políticos mas, terminados seus discursos, fez-lhes duras acusações em nome do MPJD

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