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Pessoas comemoram na Times Square, em Nova York, após Biden ser declarado vencedor das eleições nos EUA, 7 de novembro
Pessoas comemoram na Times Square, em Nova York, após Biden ser declarado vencedor das eleições nos EUA, 7 de novembro| Foto: Kena Betancur / AFP

A vitória de Biden neste sábado (7) rapidamente repercutiu na imprensa internacional. Nos textos, as publicações destacaram pontos como a promessa de união do país feita por Biden após o resultado prévio de hoje.

Os jornalistas apontaram ainda o fracasso do republicano Donald Trump ao tentar se reeleger - ele foi o terceiro presidente desde a Segunda Guerra Mundial a não conseguir levar outros quatro anos. Apesar das ponderações, os veículos destacaram a disputa judicial a ser iniciada por Trump. Além disso, nem de longe a vitória de Biden representaria o fim dos ideias de uma parte significativa do povo norte-americano que deu a vitória a Trump em um primeiro mandato e quase o reconduziu à Casa Branca nesta eleição.

O New York Times exibia em sua manchete no portal a vitória do democrata, que será o 46º presidente dos Estados Unidos. Segundo o veículo, Biden "foi eleito prometendo restaurar a normalidade política e um espírito de unidade nacional para enfrentar as crises de saúde e econômicas, posicionando Donald Trump como um presidente de um único mandato após quatro anos de tumulto na Casa Branca".

A publicação destacou que a vitória de Biden representaria um repúdio do povo americano à conduta de Trump. Os eleitores decisivos, aponta, foram as mulheres, negros, jovens e os mais velhos, assim como "um punhado de republicanos insatisfeitos". O jornal lembrou que Trump foi o terceiro presidente eleito desde a Segunda Guerra Mundial a perder a reeleição e o primeiro em mais de 25 anos.

Já o Washington Post destacou que a vitória de Biden sobre Trump veio depois de uma eleição muito disputada. "Os eleitores também fizeram história ao eleger como vice-presidente Kamala Devi Harris, 56, uma senadora da Califórnia e filha de imigrantes jamaicanos e indianos que se tornará a primeira mulher do país, a primeira pessoa negra e a primeira pessoa asiático-americana a ocupar a vice-presidência", destacou. A publicação destacou ainda o tom apaziguador adotado por Biden, que afirmou querer a união do país. Lembrou ainda que Biden venceu em três estados decisivos que ficaram com Trump na eleição passada, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, "reconstruindo assim a 'Muro Azul' que protegia os candidatos democratas anteriores".

A Economist, popular revista inglesa, destacou que a movimentação atual da contagem dos votos pode levar Biden a vencer com mais de 300 delegados. "O presidente republicano afirma falsamente que ganhou a eleição, diz que ela é fraudada e entrou com vários processos para tentar atrapalhar a contagem dos votos. A publicação destacou ainda que Trump é o primeiro presidente desde Benjamin Harrison, em 1892, a perder no voto popular duas vezes - na disputa contra Hillary Clinton, Trump perdeu por voto popular, mas venceu em número de delegados.

O Financial Times apontou o número recorde de eleitores a enviar seus votos por correio para evitar aglomerações durante a pandemia. "A regra de alguns Estados impedia a contagem antes do dia da eleições, abrindo espaço para um atraso na apuração", explicou. "Apesar da ameaça do coronavírus, o comparecimento geral na votação que terminou na terça-feira também deve atingir níveis nunca vistos em um século".

A rede americana Fox News noticiou a derrota de Trump destacando a campanha "dramática" e a contagem prolongada dos votos em estados-chave que motivou uma série de ações legais. A rede projetou a vitória de Biden na manhã de sábado ao avaliar que o democrata venceria em Nevada e Pensilvânia.

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