
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz hoje 60 anos. A data foi lembrada pelos russos com festa pelos partidários e manifestações de opositores contra o mandatário, que comanda o país alternando cargos desde 2000.
Putin comemora a data com a família e os amigos em São Petersburgo, sua cidade natal, de acordo com o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov. Nenhuma celebração especial é planejada.
Apesar de o presidente não fazer hoje nenhum ato público, tanto partidários como opositores fizeram atos em diversas cidades russas. A televisão local também lembrou a data com reportagens.
Os aliados do presidente aproveitaram para fazer declarações públicas de apoio. O governador de São Petersburgo, Georgui Poltavshenko, chamou-o de "um homem político de grande sabedoria e um dirigente forte na Rússia e no mundo".
Um grupo de alpinistas filiados ao movimento Guarda Jovem, de apoio a Putin, colocou um retrato do presidente no topo de uma montanha na região do Cáucaso que dizem simbolizar a união do país sobre seu comando.
"Nós colocamos a foto de Putin em uma pedra para mostrar que ele é inquebrantável e eterno. Nós celebramos ele do fundo do nosso coração por ter feito tantas coisas corajosas por nosso país", disse o alpinista Kazbek Khamitsayev.
A região é importante para Putin, pois ele foi um dos responsáveis por impor o domínio russo na região conflituosa da Tchetchênia na década de 1990, durante o governo de Boris Yeltsin.
Oposição
A oposição lembrou a data de forma satírica, fazendo referência à idade que completa o presidente. O lema da manifestação deste domingo era "aposentem o vovô", com fotos de Putin na carteira da previdência social russa.
Alguns manifestantes se fantasiaram de idosos, com óculos de leitura e cachimbo. Apesar da pressão feita pelo presidente no passado contra as manifestações, o ato não foi reprimido.
Mesmo chegando aos 60 anos, Putin se esforça para se mostrar ativo, participando de atividades como mergulho, caça, exercícios militares e esportes radicais.
Em lembrança a este lado de Putin, cerca de 200 aliados fizeram um ato chamado "Barra por Putin", uma competição em que os participantes tentavam quebrar recordes de exercícios com barra fixa.
A disposição atlética também ajudou para que o presidente fosse considerado um símbolo sexual por 20% das russas, de acordo com pesquisa do Instituto Levada divulgada na última sexta.
Putin governa a Rússia desde 2000, quando assumiu seu primeiro mandato de presidente. Em 2008, foi substituído por Dmitri Medvedev, mas assumiu o cargo de primeiro-ministro. Em abril, voltou a ser chefe de Estado.



