
Livre das sanções econômicas e financeiras impostas durante quatro anos, as exportações iranianas sem restrições podem levar os preços do petróleo a um patamar ainda mais baixo do que os US$ 30 por barril alcançados nesta semana – o menor nível em 12 anos.
O país, membro da Opep, disse que espera aumentar as exportações em 1 milhão de barris por dia em até sete meses e regressar ao patamar de 3,4 milhões em um ano, enquanto analistas estimam um incremento entre 200 mil e 500 mil barris por dia nos próximos seis meses. “O Irã está agora livre para vender todo o petróleo que quiser, a quem quiser e pelo preço quiser”, apontou Richard Nephew, do Centro Global de Política Energética da Universidade de Columbia.
Mas embora o Irã seja agora capaz de exportar petróleo para todos — e não apenas a um punhado de países como foi permitido sob as sanções internacionais — outras restrições podem atrasar o retorno das empresas de energia.
“Como um motor que foi ligado depois de um longo tempo em estado de espera, ele não funciona como costumava em um instante”, disse um executivo iraniano do setor portuário ao “Financial Times”. “Desde nossos sistemas bancários e de pagamentos até operações de marketing, tudo isso ainda vai levar tempo”, disse ele.
Bolsas em queda
O retorno do Irã ao mercado também derrubou neste domingo as bolsas de valores de países do Golfo Pérsico com a reação de investidores no primeiro dia de negociação da semana muçulmana. A bolsa da Arábia Saudita, caiu 5,4%, a do Qatar despencou 7,2%, a de Dubai, 4,6%, e a dos Emirados Árabes, 4,2%. O temor é de que o preço do petróleo caia ainda mais quando o país retomar as exportações.
Prisioneiros solto
Três dos cinco norte-americanos libertados por Teerã, como parte da troca de prisioneiros com o Irã, chegaram domingo à Alemanha, informou uma fonte do Departamento de Estado dos EUA.



