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Réplicas da Pirâmide de Giza são cobertas com propaganda  Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo | REUTERS / Amr Abdallah Dalsh
Réplicas da Pirâmide de Giza são cobertas com propaganda Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo| Foto: REUTERS / Amr Abdallah Dalsh

O primeiro dia de votação na eleição presidencial no Egito se transformou em uma celebração nacionalista com muitos eleitores comemorando a possível vitória do ex-chefe militar Abdel Fattah al-Sisi, que liderou no ano passado o golpe que derrubou o primeiro presidente eleito livremente.

A eleição, que vai até esta terça-feira (27), também mostrou as divisões amargas que o Egito vive desde a deposição do líder islâmico Mohamed Morsi. Em cidades onde os islamitas dominam, a votação foi quase inexistente.

Al-Sisi busca mais do que uma vitória esmagadora no peito. O marechal espera por uma forte participação dos cidadãos para mostrar à crítica internacional que a deposição de Morsi, em julho do ano passado, refletiu a vontade do povo. Ele tem ainda a seu favor o apoio de todo o aparelho governamental e das instituições - até mesmo da Comissão Eleitoral, que deveria ser independente.

Seu rival potencial é o político Hamdeen Sabahi, de esquerda, que terminou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2012.

O que deve pesar em favor de al-Sisi é o seu forte discurso militarista, que ganha adeptos entre os eleitores que estão cansados da onda de violência, que acompanhada de um declínio econômico tomou contra do Egito nos últimos três anos. Essa ala do eleitorado adotaram o marechal como candidato, uma vez que ele prometeu acabar com os tumultos no país.

As forças de segurança travaram uma sangrenta repressão contra a Irmandade Muçulmana de Morsi e outros grupos islâmicos, matando centenas de pessoas e prendendo outras milhares - entre as quais conhecidas lideranças críticas aos militares.

Enquanto os partidários de al-Sisi dizem que ele salvou o Egito dos islamitas, os eleitores pró-Morsi acusam-no de esmagar a democracia com um golpe. Os críticos avaliam que a vitória do marechal poderá consolidar um retorno a autocracia, ao estilo do ex-ditador Hosni Mubarak.

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