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Eleitora apareceu cedo para votar em uma seção eleitoral, em Boulder, no Colorado | Rick Wilking / Reuters
Eleitora apareceu cedo para votar em uma seção eleitoral, em Boulder, no Colorado| Foto: Rick Wilking / Reuters

Alguns querem evitar as filas no dia da eleição. Outros estarão viajando. E alguns temem que as eleições e polêmicas de 4 de novembro os impeçam de votar para presidente dos EUA.

Seja qual for a razão, 3,6 milhões de norte-americanos já votaram na disputa entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain. A estimativa é de que um terço dos votos seja depositado antes do dia 4.

"Acho isso maravilhoso", disse a professora aposentada Betty Fultz, 78 anos, que saiu de uma seção eleitoral de Cincinnati dizendo ter votado em Obama.

Sua filha Rosalind, 55 anos, disse que ela e a mãe quiseram evitar as filas, mas também estavam atendendo ao chamado de Obama, que pediu aos eleitores que votassem antecipadamente.

Um estudo do professor Michael McDonald, da Universidade George Mason, mostra que há grande comparecimento entre negros e democratas na Carolina do Norte, Florida e Geórgia, o que pode beneficiar Obama - ao contrário do que ocorreu em 2000 e 2004, quando a votação antecipada teve mais peso em prol do republicano George W. Bush.

Mas a comparação com pleitos anteriores é inexata, em parte porque mais Estados passaram a autorizar a votação antecipada sem necessidade de justificativa, pessoalmente ou por correio.

Em alguns Estados, a votação já começou há várias semanas. Outros começaram nesta semana, e alguns ainda vão iniciar o processo. Dos 50 Estados, 34 permitem a votação antecipada e/ou por correio.

Também em Ohio há mais democratas do que republicanos indo às urnas. É o caso de Andrew Tribble, 57 anos, um lavador de pratos que estará trabalhando no dia 4 e que há anos não votava.

Ele foi abordado por um militante obamista quando descia do ônibus e convencido a votar antes do grande dia.

É uma cena que se repete em vários Estados. Na Flórida e na Geórgia, os eleitores enfrentam o calor nas filas, enquanto no Arizona, onde a votação já dura duas semanas, o movimento é menor.

A aposentada Mary Simmons contou que se decidiu por Obama há cerca de seis meses, e preferiu votar antes na sua seção de Fountain Hills, no Arizona, por temer algum problema técnico que a impeça de se manifestar no dia 4.

"Na última vez em que votei nas primárias, fui à seção eleitoral e eles não tinham meu nome na lista. Quis evitar tudo isso", contou ela.

Ambos os candidatos estimulam a votação antecipada de seus eleitores, e suas campanhas precisam adequar anúncios, correspondências e comícios para essa tática, já que não se pode deixar tudo para a reta final, quando muitos já terão votado.

O fato de Obama liderar as pesquisas nas últimas semanas empolga os democratas, que torcem por um comparecimento expressivo, minimizando o impacto de um eventual avanço de McCain nos últimos dias.

"Se você está à frente nas pesquisas a duas semanas da eleição e embolsando um monte de eleitores, você não vai perdê-los caso algum fato dramático mude a dinâmica que vemos hoje", disse Lamis.

Mas Colleen Hinnen, que votava no Arizona, duvida que surja algum fato novo nas duas últimas semanas de uma campanha que durou quase dois anos. "Parece que eles revelaram tudo o que era possível revelar. Eu me pergunto se não seria simplesmente uma mentira a esta altura se de repente eles encontrassem algo."

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