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Cinzas

Vulcão islandês cancela 500 voos

Embora a erupção não deva gerar o fechamento de uma grande área do espaço aéreo europeu, autoridades pedem que os passageiros “se preparem”

Passageiros jogam cartas no aeroporto de Edimburgo, um dos mais afetados pelas nuvens de cinzas do vulcão Grimsvotn | David Moir/Reuters
Passageiros jogam cartas no aeroporto de Edimburgo, um dos mais afetados pelas nuvens de cinzas do vulcão Grimsvotn (Foto: David Moir/Reuters)

Londres - As nuvens de cinzas expelidas pelo vulcão islandês Grimsvotn deixou milhares de passageiros em terra ontem, sobretudo na Escócia, com a paralisação do tráfico aéreo no norte europeu. "A nuvem chegou na Escócia e na Irlanda do Norte", explicou o chefe de operações do órgão de controle do tráfico aéreo europeu (Eurocontrol), Brian Flynn.

"Até o fim do dia, a nuvem deve alcançar o sul da Escandinávia, a Dinamarca e parte do norte da Alemanha. Depois, deve continuar para o sul e alcançar primeiro a França e depois a Espanha, mas é difícil saber quando", afirmou.

A Comissão Europeia anunciou que não prevê o fechamento de uma grande área do espaço aéreo da União Europeia (EU). Os euro­­peus devem "se preparar para uma semana muito difícil para os passageiros das companhias aéreas", declarou à im­­pren­sa o ministro dos transportes Siim Kallas; no entanto, "não nos anteci­­paremos fechando uma grande parte do espaço aéreo como no ano passado".

"As cinzas (do vulcão) são diferentes, as condições meteorológicas são diferentes e a resposta europeia é diferente", com uma coordenação reforçada entre as autoridades nacionais, que devem decidir se fecham o seu espaço aéreo, afirmou.

A Eurocontrol anunciou o cancelamento de 500 voos na Europa devido à nuvem de cinzas, que já obrigou o presidente americano, Barack Obama, a antecipar sua saída da Irlanda, na segunda-feira, rumo a Londres. Companhias aéreas como British Airways, KLM, Easyjet e Aer Lingus suspenderam seus voos com destino final na Escócia até, pelo menos, ontem à tarde.

Uma informação animadora da Agência de Meteorologia Islandesa apontou que a nuvem de cinzas continuou diminuindo durante a noite e a madrugada. "A erupção é muito mais fraca do que no primeiro dia [sábado]", disse uma porta-voz da agência.

A autoridade finlandesa de aviação Finavia considerou que a densidade da nuvem era muito reduzida para atrapalhar o tráfego aéreo. A Noruega, afetada pelas cinzas na manhã de ontem, apenas registrou perturbações menores e voltou com as atividades normais desde a tarde.

Um voo de teste feito ontem de manhã, na Escócia, através de uma "zona vermelha" mostrou "a ausência de cinzas, o que confirma que não há nenhuma ameaça", segundo a companhia. Os aeroportos de Glasgow e Edimburgo foram afetados somente na noite de segunda-feira.

Com medo de um caos aéreo como o do ano passado, quando a erupção de outro vulcão islandês fechou o espaço aéreo de boa parte da Europa por quase um mês, as autoridades aéreas reiteraram que o espaço aéreo deve permanecer aberto.

Na época a medida foi considerada "exagerada" por muitas companhias aéreas. Desta vez, as autoridades não impuseram nenhuma decisão, e deixaram que cada companhia aérea decidisse por critério próprio, contanto que provem ter um "plano de emergência em caso de dificuldades".

O vulcão Grimsvotn, o mais ativo da Islândia, registrou no sábado passado a erupção inicial mais violenta dos últimos cem anos.

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