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Um dos vulcões mais ativos da Indonésia expeliu nuvens de cinza e jatos de gás escaldante nesta quarta-feira, em uma erupção que já matou ao menos 28 pessoas e deixou 14 com ferimentos.

O monte Merapi, nas proximidades da cidade de Yogyakarta na ilha de Java, entrou em erupção pela primeira vez na terça-feira, um dia depois que um tsunami assolou ilhas remotas do oeste da Indonésia, matando ao menos 113 pessoas.

Autoridades estão tentando retirar mais de 11 mil moradores que vivem nas encostas do vulcão, onde muitas casas foram destruídas e ruínas estão cobertas de cinzas brancas.

Kresno Heru Nugroho, porta-voz do hospital Sardjito, em Yogyakarta, disse que 28 pessoas morreram em decorrência das explosões de ar quente liberadas pelo vulcão na noite de terça-feira. Sua colega Endita Sri Andrianti disse que alguns foram queimados a ponto de ficarem irreconhecíveis.

"Ainda estamos coletando detalhes para identificá-los. A maioria morreu queimada", disse ela à Reuters por telefone, acrescentando que 14 moradores da área haviam sofrido queimaduras.

Outra autoridade do hospital disse à Reuters ser provável que entre os mortos esteja um guardião espiritual da montanha, o idoso Mbah Mardjan, que muitos javaneses acreditavam possuir poderes mágicos. Testes estão sendo realizados para confirmar se um corpo carbonizado encontrado no vulcão era o dele.

O maior especialistas em vulcões do país, Surono, disse que o vulcão Merapi agora estava "relativamente calmo".

"Não há sinais de outra erupção iminente, mas não posso garantir nada e não sabemos se esse é apenas um descanso temporário", disse.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, retornou de Hanoi, onde participaria de uma cúpula com os líderes do Leste Asiático, para acompanhar os esforços de resgate da erupção do Merapi e do tsunami, perto da costa da ilha de Sumatra, mas deve retornar ao Vietnã para a reunião principal que ocorre entre quinta-feira e sábado.

Uma erupção em 1994 matou 70 pessoas, e o mesmo vulcão já causou a morte de 1.300 pessoas em 1930.

No mês passado, outro vulcão, o monte Sinabung, no oeste da ilha de Sumatra, entrou em erupção depois de permanecer dormente por 400 anos, forçando uma retirada massiva da população local.

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