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o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, durante uma reunião no início de junho.
o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, durante uma reunião no início de junho.| Foto: EFE/EPA/RUSSIAN DEFENCE MINISTRY PRESS

O Grupo Wagner transferiu mais de 2 mil equipamentos bélicos e armas, incluindo tanques e sistemas de lançamento múltiplo de mísseis, para o Ministério da Defesa da Rússia após o fracasso do motim armado protagonizado pelos mercenários no último mês de junho, segundo informou nesta quarta-feira (12) o porta-voz militar, Igor Konashenkov.

"As Forças Armadas da Federação Russa, de acordo com o plano, estão concluindo a aceitação de armas e equipamentos militares das unidades do Grupo Wagner", afirmou o tenente-general em comunicado.

Konashenkov explicou que a Defesa recebeu mais de 2 mil equipamentos e armas, incluindo centenas de armamentos pesados, como tanques T-90, T-80 e T-72B3, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo Grad e Uragan, sistemas de canhões e mísseis antiaéreos Pantsir, artilharia autopropulsada 2S1 Gvozdika, Acacia, Hiacinth, Tulip, obuses e mísseis antitanque.

Também estão incluídos sistemas de morteiros, veículos blindados multiuso, veículos blindados de transporte de pessoal, bem como outros veículos e cerca de 20 mil armas pequenas, detalhou Konashenkov.

Da mesma forma, os mercenários entregaram mais de 2.500 toneladas de munições diversas às Forças Armadas regulares, acrescentou.

O porta-voz da Defesa indicou ainda que, entre os equipamentos transferidos, dezenas de unidades nunca foram utilizadas no campo de batalha.

“Todos os equipamentos e armamentos serão entregues nas zonas de retaguarda, onde as unidades de reparação e restauro das Forças Armadas efetuam a manutenção e preparação para utilização”, disse Konashenkov.

O processo de transferência das armas que estavam nas mãos dos homens do Wagner na Ucrânia começou em 27 de junho, três dias depois que os mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin se rebelaram no sul da Rússia e chegaram a 200 quilômetros de Moscou para evitar seu desaparecimento como companhia militar privada.

Um acordo entre Prigozhin e o Kremlin mediado pelo ditador de Belarus, Aleksander Lukashenko, conseguiu deter a rebelião armada.

Pelo acordo, o presidente russo, Vladimir Putin, deu aos mercenários três opções: voltar para suas casas, ir para Belarus ou assinar um contrato com o Ministério da Defesa ou outras agências de segurança do país para se subordinar ao ministro da Defesa, Serguei Choigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valeri Gerasimov.

Isso significou na prática o desmantelamento, pelo menos na Ucrânia, do Grupo Wagner, como era conhecido desde que foi criado em 2014 após a eclosão do conflito no Donbass, no leste da Ucrânia.

Como parte do acordo, o Kremlin prometeu aos mercenários e seu chefe que não seriam processados ​​criminalmente.

Até agora não se sabe quantos homens do Wagner assinaram um acordo com a Defesa russa, enquanto as últimas notícias sobre Prigozhin e os mercenários são que estão de férias até o início de agosto antes de se mudarem para Belarus para treinar e assessorar as forças militares de Lukashenko.

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