Washington Os Estados Unidos proibiram ontem as empresas norte-americanas de manterem relações comerciais com a Autoridade Palestina (AP), em iniciativa considerada como nova etapa das pressões contra o governo do Hamas. A determinação consta de um memorando do Departamento do Tesouro, que afirma se basear em sanções que a legislação prevê contra grupos terroristas.
Os empresários norte-americanos terão um prazo de 30 dias para comunicar ao governo as transações ainda em curso. As exportações direcionadas à AP serão permitidas excepcionalmente, com uma autorização específica. O embargo, diz o Tesouro, não se aplica a operações que empresas norte-americanas fechem com o setor privado na Cisjordânia ou que tenham do lado palestino entidades de atuação humanitária.
A administração Bush já havia interrompido a ajuda de centenas de milhões de dólares que enviava anualmente à AP, depois da vitória eleitoral do Hamas, em 15 de janeiro, e da resposta negativa que o grupo tem dado à exigência ocidental para que reconheça o direito de Israel à existência.
A União Européia seguiu o mesmo exemplo. Com isso, a AP está em situação praticamente falimentar, sem ter pago os salários de março de 140 mil servidores.
Alaa Araj, ministro da Economia palestino, em resposta, denunciou a "mobilização para boicotar" o governo palestino. Em Gaza, o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, disse que a "santa aliança" liderada pelos Estados Unidos não conseguirá derrubar o governo do Hamas por pressões econômicas.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião