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O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya foi nomeado principal assessor político da Petrocaribe, um programa liderado pela Venezuela que envia milhões de dólares por dia em petróleo para países mais pobres no Caribe e na América Central, a preços subsidiados. O anúncio foi feito após um encontro na sexta-feira entre Zelaya e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, segundo comunicado de sábado do governo de Caracas.

Chávez foi o mais incisivo defensor de Zelaya desde o golpe que derrubou o líder hondurenho, em junho. Chávez e o governo da Venezuela seguem se referindo a Zelaya como o "legítimo presidente" de Honduras.

Zelaya tem vivido nas últimas semanas na República Dominicana. Não está claro se ele pode se mudar para a Venezuela para seu novo posto na Petrocaribe. Criada em 2005, a Petrocaribe oferece derivados de petróleo a preços atrativos para vizinhos aliados do governo chavista. A Petrocaribe tem taxas de juros muito baixas e aceita pagamentos com itens como bananas, arroz, gado, feijão, xarope de glucose e outros produtos.

A Petrocaribe funcionava bem enquanto os preços do petróleo subiam, até o meio de 2008. As pequenas nações conseguiam importar petróleo a custo baixo, enquanto Chávez obtinha pontos políticos com vizinhos, enquanto se opunha à influência dos EUA na região. Os preços do petróleo, porém, começaram a cair na segunda metade de 2008. Com os problemas econômicos e a recessão na Venezuela, opositores e até partidários começaram a questionar a iniciativa do presidente de fornecer aos aliados petróleo a preços abaixo do mercado.

A estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA) informou em janeiro que as exportações sob a iniciativa Petrocaribe estavam em média em 105 mil barris ao dia. Segundo a PDVSA, elas representam 4% das exportações totais da Venezuela.

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