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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse a 25 líderes europeus e aliados presentes em uma reunião virtual convocada pela Inglaterra neste sábado (15), que o cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos já poderia ter começado se não fosse pela Rússia.
"Um cessar-fogo já poderia ter começado, mas a Rússia está fazendo todo o possível para impedi-lo", declarou Zelensky aos líderes convocados pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, de acordo com uma publicação em sua conta na rede social X.
O presidente ucraniano indicou que Vladimir Putin mente sobre os avanços russos na frente de batalha, particularmente sobre o que está acontecendo na região russa de Kursk, onde os ucranianos tiveram que recuar nos últimos dias da cidade de Sudzha.
"Nossas tropas também estabilizaram a situação na frente de batalha na região de Donetsk, particularmente em Pokrovsk", enfatizou.
Além disso, garantiu que Putin também está mentindo quando diz que um cessar-fogo é muito complicado, porque é possível monitorar sua implementação.
"A verdade é que Putin já prolongou a guerra por quase uma semana desde as negociações em Jedá (com os Estados Unidos). E ele continuará a fazê-lo", afirmou.
Zelensky pediu pressão sobre Moscou com "medidas fortes", como sanções, para forçá-la a dar este primeiro passo em direção ao fim da guerra e também pediu que defina uma "posição clara" sobre as garantias de segurança que Kiev está exigindo.
"Devemos continuar trabalhando nos contingentes que formarão a base das futuras Forças Armadas Europeias. A paz será mais confiável com contingentes europeus no solo e a parte americana como uma garantia na retaguarda", destacou.
"São necessários compromissos importantes sobre como isso funcionará", acrescentou o presidente ucraniano, ressaltando que levar em consideração as opiniões russas é um "mau sinal" e que esse contingente de manutenção da paz deve ser mobilizado em território ucraniano.
Além disso, pediu aos líderes europeus que aumentassem sua capacidade de produzir armas avançadas o mais rápido possível.
"Não deveria levar de três a cinco anos para produzir munição quando se trata de defesa e segurança", criticou, destacando também a importância de fortalecer as defesas antiaéreas.
Os líderes da chamada "Coalizão de Voluntários” se reuniram virtualmente a pedido de Londres neste sábado para discutir a consolidação desse formato e seu papel como força de paz e como instrumento de pressão sobre Putin para forçá-lo a aceitar um cessar-fogo de 30 dias.
