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Conflito no leste europeu

Zelensky diz que cidadãos dos EUA estavam em hotel atingido por ataque da Rússia na Ucrânia

Zelensky diz que cidadãos dos EUA estavam em hotel atingido por ataque da Rússia na Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após reunião com Trump na Casa Branca (Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO / POOL)

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (6) que cidadãos dos Estados Unidos e do Reino Unido estavam entre os hóspedes de um hotel atingido por um ataque russo na cidade de Kryvyi Rih, na noite de quarta-feira (5). A ofensiva deixou ao menos quatro mortos e mais de 30 feridos, segundo as autoridades ucranianas.

O ataque ocorreu um dia depois de o governo do presidente Donald Trump ter suspendido o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, em um esforço para pressionar Kiev a avançar com negociações de paz com Moscou. A decisão faz parte da estratégia do governo dos EUA para buscar uma solução diplomática para o conflito, que já se estende há mais de dois anos e que inclui a assinatura de um acordo de minerais e terras raras.

Zelensky relatou que o hotel atingido pelo míssil russo abrigava voluntários de uma organização humanitária, incluindo cidadãos ucranianos, americanos e britânicos.

"Eles sobreviveram porque conseguiram descer de seus quartos a tempo. Infelizmente, quatro pessoas foram mortas neste ataque. Minhas condolências às suas famílias e entes queridos", escreveu o presidente ucraniano em sua conta na rede social X.

Ainda de acordo com Zelensky, os serviços de emergência trabalharam durante toda a madrugada para socorrer os feridos e remover destroços da área atingida.

"Muitos edifícios civis ao redor do hotel também foram danificados. Os socorristas ainda estão no local e todos os serviços de emergência continuam operando", acrescentou.

Segundo a NewsWeek, o cidadão britânico Karol Swiacki, fundador da organização de ajuda humanitária Ukraine Relief, estava no hotel durante o ataque e descreveu o momento em entrevista à emissora BBC.

"Demos dois passos e houve um grande estrondo, um pesadelo absoluto. Tudo mudou em questão de segundos. Estamos todos bem, não tivemos um único arranhão, é incrível… ainda não sabemos como sobrevivemos a isso, sinceramente", relatou.

O ataque ocorre em meio a um contexto de mudanças na política americana em relação ao conflito. O presidente Trump tem buscado pressionar Zelensky a considerar negociações com Moscou, mesmo que isso inclua a entrega de territórios ocupados na Ucrânia. Além da suspensão do compartilhamento de inteligência, Washington também pausou o envio de novos pacotes de ajuda militar ao governo ucraniano.

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