
Ouça este conteúdo
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (3) que debateu com Donald Trump a possibilidade de imposição de novas sanções contra a Rússia, durante o último encontro dos dois no dia 26 de abril, em meio ao enterro do Papa Francisco, no Vaticano.
“Foi a melhor conversa que tivemos até agora”, afirmou o ucraniano em uma coletiva de imprensa na manhã de hoje. "Levantei a questão das sanções americanas. Não vou entrar em detalhes, mas o que (Trump) me disse soou muito poderoso", disse Zelensky.
A declaração acontece dias após o anúncio do acordo entre as duas nações acerca da exploração de minerais e terras raras presentes no país do leste europeu, que vinha sendo debatido desde o ano passado pelo Departamento do Tesouro americano. A medida agora precisa ser ratificada pelo Parlamento ucraniano para que entre em vigor, e deve ser votada nos próximos dias.
Zelensky revelou que acredita que não haverá dificuldades para a aprovação do acordo, mesmo com uma “barulhenta” oposição no Parlamento à cooperação entre ucranianos e norte-americanos. Em resposta, o presidente repreendeu os deputados por rejeitarem o que ele considera ser um acordo “do qual depende a segurança ucraniana”.
Com a resolução bem encaminhada, Zelensky afirmou que o país deverá receber US$15 bilhões em ajuda neste ano e um valor semelhante no ano que vem, enquanto um cessar-fogo não for aprovado entre Ucrânia e Rússia.
Segundo Zelensky, o acordo assinado com Washington pode permitir que o recebimento dos US$15 bilhões planejados para 2026 seja antecipado para este ano, como parte da contribuição americana para o Fundo de Investimento para Reconstrução que será estabelecido como parte do acordo.



